> ORIENTAÇÕES NUTRICIONAIS NA ENDOMETRIOSE
A síndrome do ovário policístico (SOP) é um distúrbio em que a mulher tem dificuldades em estabelecer a ovulação, o que acaba gerando o acúmulo de pequenos cistos (chamados de folículos) no ovário. Em média, ele chega a atingir 20% das mulheres em sua fase reprodutiva.
Diferentemente do que muitas pessoas pensam, a presença de cistos no ovário é algo muito comum. Porém, o normal é surgirem durante o processo de ovulação e desaparecerem a cada ciclo menstrual. Esses cistos que aparecem e desaparecem são chamados de cistos funcionais. No caso da SOP, os folículos que deveriam gerar um folículo dominante, para então gerar a ovulação, ficam parados. E na ultrassonografia aparecem como múltiplos pequenos cistos no ovário, daí o nome ovário poli-cístico.
Por ser uma doença metabólica e endocrinológica, o tratamento da SOP raramente é cirúrgica. Para a grande maioria das pacientes o tratamento mais indicado é o medicamentoso, seja para controlar os sintomas hormonais, para regularizar a menstruação, ou para melhorar a fertilidade.
A cirurgia de ovário policístico costuma ser indicada somente como última opção, e especificamente para pacientes com infertilidade em que outras alternativas de tratamento não foram eficazes.
Quando essas primeiras formas de tratamento não geram resultados, os hormônios masculinos continuam sendo produzidos e fazem com que determinadas características se sobressaiam, como a presença de pêlos. Além disso, com a ovulação inadequada, a gestação espontânea torna-se muito menos provável.
Pacientes com SOP e infertilidade geralmente recorrem a tratamentos como relação sexual programada, inseminação intra-uterina ou fertilização in vitro. Mas esses tratamentos nem sempre dão resultado, e em pacientes com SOP existe um risco aumentado para uma complicação chamada de Síndrome da Hiperestimulação Ovariana.
A cirurgia para SOP tem como objetivo principal tentar restabelecer a ovulação, por um período limitado (geralmente 6 a 9 meses), mas que seja suficiente para o casal engravidar espontaneamente.
Para isso, é importante que o casal seja investigado, e descartado outros fatores de infertilidade, tal como alteração grave do sêmen ou obstrução das tubas uterinas.
A cirurgia pode ser muito bem indicada também se houver necessidade de tratamento cirúrgico para outros fatores em conjunto, como miomas uterinos e endometriose.
A cirurgia de ovário policístico é realizada através de uma videolaparoscopia, que é uma técnica pouco invasiva em que um tubo iluminado de aproximadamente 5mm é inserido na parte inferior do abdômen.
Essa laparoscopia realizada com o apoio de vídeo pode ser utilizada tanto para obter a comprovação da doença, porque possibilita a visualização dos ovários, útero, tubas uterinas e cavidade peritoneal, quanto a remoção das lesões císticas.
Esse procedimento pode então melhorar o fator de ovulação dessas pacientes por um período que deve ser o suficiente para obter uma gestação espontânea. Mas é importante lembrar que após cerca de 1 ano da cirurgia os sintomas de SOP como falta de ovulação podem retornar.
O ovário policístico é um distúrbio hormonal que leva ao surgimento de pequenos cistos, fazendo com que o órgão aumente de tamanho e a ovulação seja comprometida.
Muitas pessoas confundem essa situação com os cistos que normalmente surgem durante a ovulação e desaparecem com a menstruação. Portadoras da doença costumam não formar esses cistos , mas sim essas pequenas bolinhas que, por não serem diluídas, levam à modificação na estrutura do ovário.
Dentre os sintomas mais preocupantes, destacam-se o ciclo menstrual irregular e, consequentemente, a dificuldade em engravidar.
A síndrome costuma promover, ainda, um aumento da produção de hormônio masculino, levando a alterações como:
Antes de indicar a cirurgia de ovário policístico, porém, o médico deverá recomendar outros tipos de tratamento, dependendo dos sintomas que estão incomodando a mulher.
No caso, as terapias mais comuns são:
Caso a mulher perceba um ou mais dos sintomas, é fundamental buscar a ajuda profissional para que ele indique o melhor tratamento para conter o avanço da doença.
Junto a isso, é fundamental seguir rigorosamente as orientações para, assim, voltar a ter qualidade de vida.