O papel do obstetra na escolha do melhor tipo de parto para a mulher e o bebê
Lilian Fiorelli • 20 de novembro de 2018

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Ao longo da gestação, uma das maiores dúvidas é em relação à escolha do parto. Qual é o menos doloroso, o mais rápido e o mais seguro para a mãe e o bebê são apenas algumas das perguntas mais comuns.

Nesse contexto de medos e questionamentos sobre o melhor parto , o papel do obstetra é muito importante. Esse profissional tem a capacidade de explicar as possibilidades e sanar todas as inseguranças durante a gravidez.

Além disso, por acompanhar todo o processo gestacional, ele está apto a indicar a opção que seja mais apropriada visando a saúde da mulher e da criança.

Com todas essas informações em mãos, torna-se muito mais fácil escolher o melhor tipo de parto e, assim, encerrar esse ciclo tão bonito com confiança e felicidade. Veja, abaixo, todas as alternativas e quando podem ser recomendadas.

Qual é o melhor tipo de parto?

Parto normal

O parto normal é considerado o modo mais tradicional para o nascimento de um bebê. Ele envolve todo o processo de contrações e dilatação do colo do útero, além de requerer que a criança esteja encaixada corretamente. Por este motivo, é possível que ele dure até 15 horas ou mais, principalmente em mães de primeira viagem.

Muitos médicos acreditam que este seja o melhor parto porque o bebê nasce no momento que for perfeito para ele , ou seja: quando ele estiver pronto, as contrações começarão naturalmente. Outro ponto positivo é que o corpo da mulher pode ditar o ritmo do parto do início ao fim.

Um dos maiores temores quanto ao parto normal diz respeito à dor. Contudo, esta pode ser amenizada com técnicas de respiração, exercícios, água morna e massagem com movimentos circulares nas costas entre outras técnicas. Mas se ainda assim a dor incomodar existe a analgesia de parto.

O parto normal é indicado, principalmente, quando o estado de saúde da mulher e da criança esteja dentro da normalidade e a mãe não possua doenças transmissíveis ativas , como herpes genital. Se houver qualquer risco iminente, o obstetra pode recomendar a realização cirúrgica do parto.

Parto cesariano

Atualmente, os partos cesarianos superam os normais – no Brasil, segundo o Ministério da Saúde, são a opção escolhida em 52% dos casos.

Alguns médicos consideram este o melhor parto por ser mais rápido , já que, por se tratar de um procedimento cirúrgico, ele dura, em média, 45 minutos. Alguns obstetras o indicam por acreditarem que seja mais seguro, visto que eles mantêm o controle total da situação.

Para as mães, o principal receio diz respeito à recuperação. Em geral, a mulher fica em observação por dois dias e impossibilitada de fazer atividades físicas de maior esforço por, pelo menos, um mês. Além disso, durante o nascimento, há risco de infecções e perdas sanguíneas, o que demonstra a importância de contar com profissionais qualificados.

Em contrapartida, essa alternativa é a mais recomendada quando existe  alto risco de morte para a gestante ou o bebê . Por exemplo, em casos de:

  • descolamento de placenta: é uma emergência obstétrica, quando ocorre uma separação entre a placenta e a parede do útero, a criança não consegue se alimentar nem receber oxigênio;
  • alteração cardíaca: quando a mãe possui alguma alteração no coração em que o esforço exigido no parto normal pode ser perigoso;
  • eclâmpsia: é uma emergência obstétrica em que a pressão alta pode levar a  episódios de convulsões seguidos de coma.

Parto humanizado

O grande diferencial do  parto humanizado é que, os desejos da mulher são levados muito em conta. Neste sentido, podemos dizer que todo parto deveria ser humanizado.

Existe muita controvérsia na mídia sobre o tema. A quem diga que o parto humanizado é aquele que não se utiliza de nenhuma intervenção médica como anestesia ou episiotomia (corte na vulva na hora do nascimento) por exemplo.

Contudo, é possível sim fazer um parto humano, seguro e que respeita a mamãe e o bebê em todo seu universo. O parto humanizado pode ser entendido como aquele que respeita a hora do bebê nascer, respeita o desejo da mamãe para via de parto quando qualquer via seja segura (siiiiim, também existe cesárea humanizada), respeita se a mamãe quer tomar anestesia e só faz a episiotomia quando for estritamente necessária (a única indicação médica hoje é para evitar lesão do ânus!).

Uma das funções do obstetra ao longo de toda a gestação é oferecer o máximo de informações para que a grávida possa escolher em conjunto com ele qual o melhor parto para si e com segurança . Por isso, conte com um profissional de sua confiança desde o início!

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