ESPECIALIDADES

Ginecologia Geral e os principais problemas femininos tratados

SAÚDE DA MULHER


A importância do cuidado ginecológico

A saúde da mulher é um assunto que
merece muita atenção. Conhecer um
pouco sobre as principais doenças que
atingem o aparelho reprodutor feminino e
saber como preveni-las é fundamental
para uma vida plena e equilibrada.

ANTES DE COMEÇAR, UMA PERGUNTA:

você conhece o seu corpo? 

Em primeiro lugar, é preciso estar minimamente familiarizada com a estrutura de seu sistema reprodutor e suas características. 
Você está? Vagina, ovários, tubas uterinas e útero. Esses são os órgãos internos que formam o aparelho genital feminino. Além deles, há as partes externas: monte de Vênus e vulva (grandes e pequenos lábios e clitóris).

A vagina tem cerca de dez centímetros de comprimento e é ela quem faz a comunicação direta entre vulva e útero. É altamente elástica por possuir a função de canal no parto normal. Também é responsável por eliminar o fluxo menstrual e receber o pênis durante a relação sexual.

Os ovários são encarregados de liberar

óvulos maduros para a fecundação, além de produzir os hormônios estrogênio, progesterona e testosterona.

O útero é o local que abriga o bebê quando o óvulo é fecundado. Ele possui paredes espessas para desempenhar essa tarefa, e seu volume chega a até cinco litros. Quando não há gestação, sua camada interna, o endométrio, descama e assim ocorre a menstruação.

Já as tubas uterinas são o caminho por onde o óvulo passa até chegar à cavidade uterina. É exatamente nesse espaço que acontece o encontro dele com o espermatozoide.

Falando sobre os órgãos externos, o monte de Vênus tem a função de proteger a superfície ósseo cartilaginosa da região chamada pube, enquanto os pequenos e grandes lábios cobrem a abertura da vagina, do clitóris e da uretra.

Por fim, temos o clitóris, responsável, única e exclusivamente, por proporcionar prazer sexual às mulheres.

QUESTÕES FREQUENTES

Principais Problemas Femininos
e como Preveni-los

Entenda o que se trata cada um dos problemas
  • Câncer nas mamas

    É um tumor maligno que se desenvolve de maneira desordenada e que pode dar origem a um ou mais nódulos nas mamas. Ainda não foi encontrada uma causa específica para a doença, mas alguns fatores de risco podem ser estresse, excesso de peso, falta de exercícios físicos, tabagismo, nunca engravidar, ter o primeiro filho depois dos 35 anos e nunca amamentar. Ter a primeira menstruação muito jovem ou a menopausa muito tardia pode contribuir para o aumento desse risco. A herança genética também pode ter influência no surgimento do câncer. O Instituto Nacional de Câncer (Inca) recomenda que o autoexame das mamas seja realizado sempre que a mulher se sinta confortável (no banho ou durante uma troca de roupa, por exemplo), sem regras ou período do mês específicos. Quanto melhor a mulher conhecer o próprio corpo, mais precocemente notará alguma alteração.

  • Câncer no colo do útero

    O câncer no colo do útero é uma doença causada, principalmente, pelo HPV. Quando a infecção pelo vírus atinge o colo do útero, geralmente não há evolução para algo mais grave, mas pode acontecer de a condição se desenvolver e tornar-se um tumor maligno. Previna-se. É importante que o sexo ocorra sempre com o uso de preservativos. A troca frequente de parceiro é um fator de risco, principalmente em caso de relações sexuais desprotegidas. O exame preventivo (conhecido como Papanicolau) pode detectar a doença precocemente e, assim, contribuir para um melhor tratamento e a diminuição de complicações. Por essa razão, deve ser realizado periodicamente.

  • Candidíase

    Infecção causada pelo fungo Candida. O principal sintoma é um corrimento vaginal espesso, com grumos e de cor esbranquiçada. Vem acompanhado de dor ou irritação local e mau cheiro. Alguns especialistas acreditam que a candidíase não seja uma doença sexualmente transmissível (DST), e outros creem que sim. Mesmo que a teoria não esteja confirmada, recomenda-se ter relações sexuais protegidas como uma das formas de pre venção. Além disso, evite permanecer de biquíni molhado por muito tempo, pois a umidade no local ajuda na proliferação de fungos. Duchas vaginais são contraindicadas, já que podem eliminar toda a proteção da vagina e aumentar as chances de crescimento de fungos e bactérias. O uso de roupas muito apertadas também costuma contribuir para a infecção. Prefira calcinhas de algodão e durma sem calcinha para que a vagina respire melhor.

  • Cervicite ou endocervicite

    Uma grande variedade de micro-organismos pode provocar uma inflamação no colo do útero denominada cervicite aguda (ou endocervicite). Em alguns casos, mulheres que façam uso de pílula anticoncepcional e aquelas que estejam passando pelo pós-parto podem apresentar cervicite crônica, alteração que não causa problemas mais graves. Para se prevenir, nunca dispense a utilização de preservativos, pois doenças sexualmente transmissíveis, como gonorreia, herpes, clamídia e infecções bacterianas, podem levar a essa inflamação. No entanto, fique atenta aos espermicidas das camisinhas, porque podem causar alergia e isso resultar em uma cervicite.

  • Corrimentos

    Corrimentos são, na maioria das vezes, normais na vida de uma mulher. Quando possuem odor levemente adocicado e coloração transparente ou esbranquiçada, podem ser considerados saudáveis e não são tratados, pois fazem parte da proteção da vagina. Em caso de cheiro forte e cor escura ou amarelada, eles podem representar DSTs, infecções vaginais ou no colo do útero, vulvites e alergias. Evite fazer sexo desprotegido, realizar duchas vaginais e usar roupas muito coladas ao corpo.

  • Endometriose

    O útero é revestido internamente pelo endométrio, uma camada que fica mais espessa para receber o embrião. Todos os meses, quando a fecundação do óvulo não ocorre, esse tecido que engrossou descama e sai em forma de menstruação. A endometriose é o nome dado à doença caracterizada pela presença de pedaços do endométrio fora do útero (geralmente, nos ovários, na bexiga, nos intestinos, nos ligamentos da pelve e nas tubas uterinas). Ainda não se sabe qual é a causa, o que torna difícil estabelecer recomendações de prevenção. No entanto, alguns especialistas sugerem banir o consumo de álcool e cigarro. A mulher com endometriose pode não ter sintomas ou apresentá-los em graus variáveis de intensidade. São exemplos: cólicas menstruais, dor pélvica fora da menstruação, dor na relação sexual, dor ou sangramento para urinar ou evacuar durante a menstruação e dificuldade para engravidar. 

  • Mioma

    Miomas são pequenos tumores benignos que se formam dentro do útero. Podem ser únicos ou múltiplos, de coloração branca. A doença atinge cerca de 50% da população feminina, principalmente as negras. Mulheres com miomas podem ser assintomáticas, mas os principais indícios são dor pélvica, cólicas menstruais, fluxo menstrual aumentado e aumento do volume abdominal. As formas de prevenção são uma alimentação saudável e a prática de exercícios físicos, já que a obesidade é um dos fatores de risco.

  • Ovários Policísticos

    Também conhecida como SOP, a síndrome do ovário policístico é caracterizada pelo surgimento de vários cistos ovarianos, geralmente menores que um centímetro. Quase sempre, está associada a alterações menstruais (principalmente longos períodos sem menstruar), ao aumento de pelos (inclusive em locais não habituais para mulheres, como queixo, peito e costas) e de acne. Algumas mulheres com SOP podem ter mais dificuldade para engravidar. Ainda não se sabe ao certo o que pode causar a doença, mas alguns médicos acreditam que ela esteja ligada à herança genética e à ação da insulina no organismo. A SOP pode estar relacionada a uma síndrome chamada Síndrome Metabólica, que consiste no aumento da circunferência abdominal e em um maior risco de desenvolver pressão alta, diabetes e colesterol alto. Para se prevenir da SOP, mantenha uma alimentação saudável e a prática de exercícios físicos em dia. Não deixe de consultar um médico para checar com periodicidade seu nível de glicose no sangue.

  • Vaginose bacteriana

    Infecção genital causada por bactérias, a vaginose bacteriana não é considerada uma DST, mas pode haver transmissão desses micro-organismos por contato íntimo e relações sexuais. A doença pode causar um forte odor, que piora durante a menstruação e após relações sexuais desprotegidas, pois é quando a ação das bactérias aumenta. Por poderem ser propagadas sexualmente, o uso de preservativos é importante para se prevenir. Além disso, evite duchas vaginais.

  • Vulvite e vulvovaginite

    Ambas são inflamações genitais. A vulvite acomete a vulva, e a vulvovaginite, tanto a vulva quanto a vagina. Elas são provocadas por micro-organismos presentes nessa área e que causam corrimentos, mas também podem ocorrer por outras causas, como alergias. Para se prevenir, evite calcinhas de tecido sintético e dê preferência sempre para o algodão. Papel higiênico colorido ou perfumado e amaciantes também podem causar as doenças. Protetores diários abafam a região e fazem com que a proliferação de bactérias na vagina aconteça mais facilmente. Sendo assim, o ideal é não usá-los. Algumas mulheres podem contrair as infecções após o parto, por estarem com a imunidade mais baixa. É possível, também, que se tornem sensíveis ao látex das camisinhas, sabonetes íntimos e tampões vaginais, e desenvolvam vulvites crônicas.

  • Infecção urinária

    A infecção urinária, ou cistite, é muito frequente em mulheres. Os principais sintomas são ardor no canal da urina, dor abdominal, vontade constante de fazer xixi e acordar durante a noite para urinar. Em casos mais graves, quando há febre, dor nas costas e sensação de moleza, a infecção pode já ter acometido os rins (pielonefrite). Na maioria das vezes, os indícios são muito claros e não é necessário fazer exames, mas, em algumas situações, é preciso realizar um teste de urina para confirmar. A principal bactéria causadora desta infecção está presente nas fezes. Por isso, é recomendado que, ao se limparem no banheiro, as pessoas façam o movimento do papel higiênico de frente para trás. A infecção urinária também pode acontecer após as relações sexuais. Portanto, a orientação é urinar depois do sexo. O aumento da ingestão de água ajuda a evitar as infecções.

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