> ORIENTAÇÕES NUTRICIONAIS NA ENDOMETRIOSE
O tratamento para mioma uterino pode ser dividido em dois tipos principais: tratamento clínico medicamentoso e tratamento cirúrgico .
A escolha depende fundamentalmente dos sintomas apresentados, da quantidade de miomas e do tamanho deles.
No tratamento medicamentoso, os remédios utilizados podem ser não-hormonais ou hormonais . Eles têm objetivo de aliviar os sintomas, tais como cólicas e sangramento. Porém, os tratamentos medicamentosos atuais não são capazes de fazer os miomas sumirem.
Cabe ao médico ginecologista avaliar o caso de cada paciente e, junto a ela, estudar os riscos, os benefícios, as recomendações e contraindicações de cada medicação. Dessa forma, é possível definir o tratamento que será mais positivo para a saúde e bem estar da paciente.
Antes de falarmos sobre a terapia propriamente dita, é importante explicar o que é afinal o mioma uterino.
O mioma uterino é um tumor benigno que se desenvolve no útero e que costuma aparecer durante a idade reprodutiva, principalmente entre os 30 e os 50 anos.
A causa da doença ainda não é bem estabelecida. O que se sabe é que há alguns fatores de risco que podem desencadear seu surgimento, como histórico familiar, obesidade e distúrbios hormonais e etnia.
O mioma uterino pode ser classificado em três tipos:
Uma porcentagem considerável das pacientes portadoras de miomas são assintomáticas . Para estas mulheres não há necessidade de um tratamento específico. Mas o acompanhamento médico é fundamental para acompanhar o crescimento dos miomas.
Porém, muitas mulheres vivenciam sintomas que atrapalham seu dia a dia e causam desconforto e dor.
Os principais sintomas são:
O mioma uterino pode ainda causar um aumento significativo do tamanho do útero, além de infertilidade e complicações na gestação.
O tratamento medicamentoso tem como objetivo minimizar os sintomas e restabelecer a qualidade de vida das pacientes.
É importante ressaltar que o tratamento para mioma uterino medicamentoso não tem como meta a redução da quantidade ou do tamanho dos tumores, visto que a maioria dos remédios não tem essa capacidade.
Dessa maneira, ele é indicado, principalmente, nos casos em que o mioma não está interferindo na saúde do útero a ponto de gerar consequências mais graves, como anemia grave.
Portadoras da doença em estágio inicial também podem optar pelo medicamento para mioma como tentativa de reduzir a velocidade de crescimento do mioma, e assim postergar ou evitar a necessidade de tratamento cirúrgico.
O anti-inflamatório é indicado para mioma porque ele ajuda a controlar o incômodo das cólicas menstruais. Entretanto, seus benefícios se restringem a isso, podendo ajudar a reduzir o sangramento menstrual.
Por ser um medicamento que visa conter casos pontuais de inflamação, e não o mioma propriamente dito, seu consumo deve ser ponderado. Inclusive, a superdosagem e o uso crônico podem causar outras complicações, como gastrite, úlcera gástrica e insuficiência renal.
Os analgésicos entram nessa lista por poderem ser utilizados na diminuição da dor. Para esta função, podem ser indicados tanto os antiespasmódicos quanto os analgésicos simples.
Já os antifibrinolíticos auxiliam na redução de 30% a 55% do fluxo menstrual. Seu uso se restringe ao período menstrual para controle do fluxo. Eles também não atuam na redução do tamanho dos miomas.
Os miomas também podem ser tratados com anticoncepcional hormonal . Neste caso, os anticoncepcionais são usados para ajudar no controle de sintomas como cólicas e o excesso de fluxo menstrual.
As evidências mais recentes mostram que a adoção de métodos contraceptivos hormonais não acelera o crescimento dos miomas nem faz com que eles diminuam de tamanho. O que se vê, em uma parcela significativa das pacientes, é a redução da taxa de crescimento dos miomas.
Isso porque os miomas dependem dos hormônios naturais (estrogênio e progesterona) para crescer. Ao usar anticoncepcionais a ovulação é bloqueada, assim como os hormônios naturais.
Porém, o tratamento do mioma uterino com anticoncepcional igualmente requer um acompanhamento rigoroso. Sabemos que os miomas podem crescer mesmo em pacientes que tomam anticoncepcional, pois existem outros fatores de crescimento associado.
Além disso, sua ingestão prolongada pode gerar efeitos colaterais, além de estar associado a outros potenciais riscos, que devem ser avaliados e acompanhados pelo ginecologista.
Pela forma como agem no corpo feminino, os tratamentos hormonais que possuem a capacidade de reduzir o tamanho dos miomas devem ser utilizados com muito cuidado.
Estes remédios pertencem a um grupo chamado análogos do GnRH . Seu uso é indicado, geralmente, para pacientes que já estejam com o procedimento cirúrgico agendado.
Eles levam a mulher a um quadro de menopausa química temporária, favorecendo a diminuição do volume do útero e dos tumores. Por causarem a ausência de menstruação, ajudam, ainda, no tratamento da anemia.
Entretanto, esses fármacos não podem ser ingeridos por períodos muito longos (mais que seis meses). Isso porque eles geram diversos efeitos colaterais, como o aumento do risco de osteoporose.
Além disso, a cirurgia deve estar programada para uma data próxima , pois, após a interrupção desse tipo de medicamento para miomas, eles tendem a crescer novamente.
Existem, também, outras alternativas promissoras em estudo atualmente. Porém, elas ainda não tiveram sua efetividade totalmente comprovada e, por isso, não são utilizadas rotineiramente.
Para pacientes intolerantes ao tratamento medicamentoso para mioma uterino, ou em que a o tratamento medicamentoso tenha sido ineficaz no controle dos sintomas, podem ser recomendadas as opções cirúrgicas.
Lembre-se de que toda medicação possui efeitos colaterais e algumas contraindicações. Dependendo do caso, o uso de algum deles pode causar desconfortos e complicações piores do que o próprio mioma.
Assim, antes de iniciar a ingestão de qualquer medicamento para mioma, seja ele hormonal ou não, procure seu médico ginecologista para uma avaliação e orientações.