> ORIENTAÇÕES NUTRICIONAIS NA ENDOMETRIOSE
Atualmente, existem diversos tratamentos cirúrgicos para o mioma uterino , um tumor benigno que surge no útero e que, em geral, se desenvolve durante a idade fértil.
Em sua maioria, são técnicas que podem ser realizadas de forma minimamente invasiva, gerando menos sintomas no pós-operatório e menores taxas de complicações, como infecção e sangramento.
O tipo de cirurgia de mioma a ser feito depende da localização, do tamanho e da quantidade de miomas que a paciente apresenta. O desejo de engravidar também influencia nessa escolha, visto que o que está em jogo é a saúde do útero, órgão indispensável para a ocorrência de uma gestação.
O tratamento operatório somente deve ser indicado após uma ampla análise médica. Essa avaliação é fundamental para garantir os melhores resultados possíveis. Como cada caso é diferente do outro, o tratamento deve ser estudado de forma individualizada.
Miomas uterinos são extremamente comuns e costumam manifestar-se durante a idade reprodutiva, principalmente entre os 30 e os 50 anos.
Apesar de haver casos em que o tratamento com medicamentos seja suficiente, existem situações em que a realização da cirurgia de mioma é recomendada. Dentre elas, destacam-se:
Dos exemplos acima, o último tópico tende a ser o que mais preocupa as portadoras da doença, pois influencia diretamente na possibilidade ou não de engravidar. Além disso, alguns miomas podem aumentar o risco da paciente ter complicações na gestação, como abortamentos, parto prematuro e sangramentos.
Inclusive, é fundamental deixar esse desejo claro para o médico ginecologista. Assim, ele levará essa informação em consideração no momento da escolha do tratamento cirúrgico.
A miomectomia uterina é uma das formas mais eficientes de combater um mioma . Ao mesmo tempo, ela preserva a fertilidade da paciente.
Esse tratamento cirúrgico conservador retira apenas os miomas do útero, mantendo o órgão e restaurando a anatomia do mesmo na maioria dos casos. Dessa maneira, são restabelecidas as chances de uma gestação sadia.
Além disso, por ser uma cirurgia minimamente invasiva, ela proporciona um pós-operatório menos doloroso e uma recuperação mais rápida. Isso significa que, em um curto prazo, a mulher pode retornar às suas atividades habituais.
É importante ressaltar, porém, que o risco de aparecimento de novos miomas existe e é considerável depois da miomectomia. Portanto, aquelas que desejem engravidar não devem esperar demais para iniciar as tentativas após a liberação do médico.
Há dois modos principais de realizar uma miomectomia uterina . Essa decisão vai depender da localização do mioma.
A miomectomia histeroscópica é indicada em caso de miomas submucosos, ou seja, aqueles cuja maior parte se encontra na área interna do útero.
Os miomas submucosos são os que costumam provocar maior sangramento na menstruação e, também, os que mais interferem na fertilidade da mulher.
Nesse tratamento, um sistema de câmera é inserido dentro do útero com a ajuda de um bisturi elétrico, o tumor é removido em pequenas partes.
É um procedimento minimamente invasivo, já que, em geral, não se faz nenhum corte ou ponto cirúrgico.
A miomectomia laparoscópica ou robótica é indicada para pacientes com miomas intramurais e subserosos, ou seja, aqueles que ficam na camada mais externa ou do meio do útero.
Trata-se também de uma cirurgia minimamente invasiva. Nesse caso, são realizadas apenas três ou quatro pequenas incisões no abdômen, por onde são colocadas a câmera e as pinças cirúrgicas.
Além de permitir a retiradas dos miomas, essa técnica também permite avaliar as tubas uterinas, os ovários, e toda a cavidade abdominal.
A vantagem da miomectomia laparoscópica frente à miomectomia convencional é a menor dor pós-operatória e a incidência mais baixa de aderências pélvicas, o que é importante para mulheres que desejam engravidar.
Além da miomectomia uterina, há outras opções tratamentos cirúrgicos para miomas uterinos . Elas costumam ser utilizadas em situações mais específicas.
Embolização de artérias uterinas
A embolização de artérias uterinas é uma técnica endovascular, na qual são injetados micro-partículas que interrompem o fluxo sanguíneo que nutre os miomas. Ela é recomendada, principalmente, para pacientes com miomas volumosos ou múltiplos.
É feita através do cateterismo de um vaso da perna. As artérias que alimentam o útero são identificadas e, então, várias micropartículas são injetadas para cessar ou diminuir a circulação de sangue que chega aos tumores.
A embolização, de modo geral, não faz os miomas sumirem , mas, sim, promove a redução de seu tamanho em até 50%.
Esse tratamento cirúrgico não deve ser a primeira alternativa para mulheres que queiram uma gestação, pois, eventualmente, ele pode comprometer a vascularização do endométrio e dos ovários. Essas estruturas precisam estar em bom estado para garantir maior chance de gravidez.
Contudo, é uma opção para pacientes cujo risco operatório seja alto, que ofereçam a possibilidade de perda sanguínea significativa ou, mesmo, em casos em que pode haver a necessidade de retirar o útero.
Histerectomia
Um dos procedimentos mais realizados no mundo, a histerectomia é o tratamento cirúrgico que efetua a remoção do útero .
É considerada a terapia definitiva para miomas , mas é indicada somente para aquelas que já tenham filhos e que não desejam mais engravidar.
Ela pode ser feita por via laparoscópica, vaginal ou por cirurgia convencional. A escolha do método depende do tamanho do órgão e da preferência e experiência da equipe médica.
Essa costuma ser a última alternativa de cirurgia para miomas, ou seja, geralmente é recomendada depois que os demais tratamentos já tenham sido tentados, mas sem o benefício esperado. Esse é um tratamento definitivo, ou seja, não tem volta.
O melhor tratamento cirúrgico para mioma depende do tipo, tamanho, localização e quantidade de miomas de cada paciente. A melhor técnica para uma paciente pode não ser a melhor para outra. Por isso a recomendação é que a paciente procure um ginecologista especialista em cirurgias ginecológicas para avaliação, e a partir de então que a melhor opção seja definida entre o médico e a paciente. Os tratamentos devem estar muito bem alinhados com os objetivos de cada mulher, além de oferecer a melhor recuperação possível.
Dr. Tomyo Arazawa
CRM 120.351