> ORIENTAÇÕES NUTRICIONAIS NA ENDOMETRIOSE
Miomas uterinos são nódulos constituídos principalmente de tecido fibroso e tecido muscular uterino. Representam o tumor pélvico benigno mais frequente em mulheres. Aparecem com mais frequência em mulheres a partir dos 30 anos até a idade próxima a menopausa, mais também podem surgir em pacientes mais jovens, entre 20 a 30 anos.
Estudos populacionais mostram que até 50% das mulheres apresentam pelo menos um mioma uterino, podendo chegar a até 80% das mulheres em populações mais específicas. A origem e o desenvolvimento do mioma ainda são pouco conhecidos. Sabe-se que seu crescimento sofre influências hormonais e genéticas.
O crescimento do mioma geralmente é lento, ao longo de meses e anos, até a idade da menopausa, quando os mesmos tendem a diminuir devido a redução da produção hormonal característica desse período.
Ainda hoje o mioma é a principal indicação de histerectomia (cirurgia para retirada do útero) no mundo, e causa grande impacto na saúde e na qualidade de vida das mulheres.
Muitas pacientes com miomas uterinos são assintomáticas, e boa parte dessas pacientes não sabem da presença desses nódulos em seu útero. Os sintomas causados pelos miomas dependem de dois principais fatores: localização e tamanho. Os miomas apresentam três principais localizações no útero:
Os tipos de miomas que mais frequentemente causam sintomas são os submucosos e intramurais.
Os sintomas mais comumente associados a eles são cólicas menstruais intensas, aumento importante do fluxo menstrual e anemia. Além disso esses dois tipos de mioma também são os que mais comprometem a fertilidade da mulher, por interferir na anatomia do útero, nas contrações e na capacidade do embrião implantar na sua parte mais interna.
Os miomas subserosos geralmente não causam nenhum sintoma, a não ser nos casos de miomas grandes e volumosos. Nesses casos, a compressão do mioma sobre os outros órgãos pélvicos pode causar dor pélvica crônica, alterações urinárias como aumento da frequência urinária, obstipação intestinal, aumento do volume abdominal e dor na relação sexual. Independente da localização do mioma, quanto maior seu tamanho, mais intensos os sintomas.
O diagnóstico do mioma uterino pode ser feito já no exame físico ginecológico, em casos de miomas um pouco mais volumosos, pelo aumento do volume do útero. Eventualmente é possível palpar o mioma por via abdominal, mas geralmente esses são casos de pacientes que ficam muitos anos sem ir ao seu ginecologista. Contudo, a forma mais comum do diagnóstico, principalmente nos casos de miomas pequenos, é através da Ultrassonografia Transvaginal.
Por esse exame, os miomas geralmente são facilmente identificados quanto a sua localização e tamanho. Em alguns casos, a Ressonância Magnética é fundamental para determinar com maior precisão o número e localização dos miomas, principalmente nos casos em que será programada o tratamento cirúrgico.
A Ressonância porém é um exame de acesso mais restrito, devido a complexidade do exame e necessidade de contraste venoso. Ainda sim, o diagnóstico de certeza de que um nódulo no útero é de fato um mioma uterino é através da biópsia após a cirurgia. Isso porque um câncer de útero pode se assemelhar a um mioma uterino. Câncer desse tipo é raro, corresponde a aproximadamente 0,2% de todos os casos operados por suspeita de mioma uterino.
Portanto, frente a sintomas como piora das cólicas menstruais, aumento do fluxo menstrual, dentre outros sintomas acima mencionados, recomenda-se que procure seu médico ginecologista para uma avaliação e orientação. Frente ao diagnóstico de mioma uterino, seu médico passará o tratamento mais indicado para seu caso. Se você já souber de um mioma, é importante que mantenha o acompanhamento anual para acompanhar o crescimento do mioma pré-existente, e para avaliar o aparecimento de outros.
Dr Tomyo Arazawa CRM 120.351