O que é fisioterapia pélvica?
Larissa Yokoyama • 25 de abril de 2018

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Apesar de ainda ser um tabu entre as mulheres e de haver poucos profissionais especializados nessa função, a fisioterapia pélvica oferece diversos benefícios para a saúde (que vão muito além da sexualidade).

Trata-se de uma área que atua na região pélvica, de forma preventiva ou como reabilitação. Proporciona uma evolução na percepção e consciência perineal, na coordenação, no controle e fortalecimento da musculatura do assoalho pélvico e, ainda, na vascularização do local.

Seja em situações cirúrgicas, gestacionais ou, ainda, para quem busca melhorar sua satisfação sexual , a fisioterapia pélvica pode evitar diversos problemas físicos, proporcionando resultados que elevam a autoestima da mulher.

Benefícios da fisioterapia pélvica

Abaixo, pontuamos as principais vantagens da prática da fisioterapia pélvica.

1- Evita a bexiga caída

Também conhecida como prolapso genital, a bexiga caída acontece devido ao enfraquecimento dos músculos da região pélvica ou das estruturas que sustentam os órgãos nesse local. Dentre os sintomas, destaca-se a dificuldade de segurar a urina em caso de pequenos ou grandes esforços (como quando espirramos).

A fisioterapia pélvica pode atuar tanto de forma preventiva quanto como reabilitação – tratamento conservador (não cirúrgico) –, visto que estimula o fortalecimento da área, mantendo a tonicidade das estruturas e o suprimento sanguíneo adequado.

2- É uma aliada contra a incontinência urinária

A incontinência urinária caracteriza-se pela perda involuntária de urina, e costuma atingir principalmente as mulheres. Além da sensação de que a bexiga está sempre cheia ou, então, da vontade forte, constante e inadiável de ir ao banheiro, a doença pode levar a outros problemas físicos e emocionais.

O papel da fisioterapia pélvica, aqui, é o mesmo do caso da bexiga caída, ou seja: promover, através de recursos fisioterapêuticos, a percepção/consciência, o controle, a coordenação e, se necessário, o fortalecimento da região perineal (lembrando que o tratamento é individualizado).

Além disso, como a incidência da condição costuma aumentar com a idade, a prática acaba sendo, também, uma medida preventiva.

3- Aumenta o bem-estar da grávida

Ao longo da gestação, a mulher passa por diversas alterações hormonais, na aparência e no humor que podem reduzir sua autoestima. A fisioterapia pélvica devolve a ela o domínio sobre o próprio corpo, principalmente no quesito sexualidade, elevando, assim, o bem-estar durante a gravidez .

Os exercícios também previnem a ocorrência de incontinência urinária, muito normal nesse período devido ao esforço pelo aumento na pressão intra-abdominal.

4- Auxilia na preparação para o parto

Durante a gestação, a musculatura do assoalho pélvico fica sobrecarregada pelas mudanças hormonais, pela necessidade de sustentar o útero gravídico e pelo acréscimo no peso da mulher. Por isso, na fisioterapia pélvica, são realizados exercícios específicos e com objetivos diferentes para cada trimestre gestacional, visando a conscientização corporal e perineal.

Tudo isso reflete na hora do parto, pois, além de os músculos pélvicos manterem suas funções, a mulher terá a percepção necessária para relaxar essa musculatura no momento do nascimento. Assim, são reduzidas as chances de lesões durante o parto.

5- Acelera o processo de recuperação no puerpério

No pós-parto, a fisioterapia pélvica auxilia na recuperação, diminuindo dores, desconfortos e disfunções que possam surgir. Além disso, a prática prepara o períneo para que o retorno às atividades sexuais seja confortável.

Os exercícios focam, portanto, na reeducação da musculatura do assoalho pélvico, permitindo que a mãe aproveite ao máximo essa fase com o bebê e, em seguida, possa voltar à rotina normalmente.

Fisioterapia pélvica e a sexualidade

São diversos os fatores que podem causar desconfortos, dores e redução no apetite sexual e na excitação feminina. Dentre eles, estão as disfunções musculares, como o vaginismo, que é a contração involuntária da musculatura do assoalho pélvico, e a dispareunia (dor durante a penetração), que podem ser facilmente tratadas com a fisioterapia pélvica.

O papel da fisioterapia é possibilitar que a mulher tenha uma relação prazerosa e satisfatória através do autoconhecimento, do controle muscular e do alívio da dor .

Além disso, o trabalho de manutenção da musculatura perineal, juntamente com a melhor vascularização do local, promove um aumento no desejo sexual e, consequentemente, da excitação.

Independentemente de qual seja o motivo da procura pela fisioterapia pélvica, trata-se de um exercício muito benéfico para a saúde feminina.

No entanto, para que os resultados sejam satisfatórios, ela deve ser realizada com o acompanhamento de um profissional . Somente um especialista pode indicar os movimentos adequados para as necessidades de cada mulher.

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