> ORIENTAÇÕES NUTRICIONAIS NA ENDOMETRIOSE
Você já ouviu falar sobre laceração perineal no parto?
Lacerações perineais são cortes que acontecem na vagina, no períneo e/ou na vulva espontaneamente pela passagem do bebê na hora do parto vaginal. É algo muito comum - algum grau de laceração acontece com 80 a 90% das mulheres. A notícia boa é que
na grande maioria das vezes são lacerações leves. E embora possa ser um tópico um pouco desconfortável de se explorar,
entender o que é, por que acontece e como pode ser tratado ou prevenido é vital.
Neste artigo, vamos desmistificar essas lacerações, falando de uma maneira clara e acessível. Vamos explorar as causas, os sintomas, discutir maneiras de prevenir e lidar com ele, caso aconteça. Continue acompanhando.
A região do períneo situa-se anatomicamente entre o ânus e os genitais externos, sendo presente tanto no corpo masculino quanto no feminino. Nas mulheres, essa área se estende da entrada da vagina ao ânus, e nos homens, do escroto ao ânus.
É composto por tecidos e músculos, e tem funções essenciais, como sustentar os órgãos pélvicos e auxiliar em atividades como urinar, evacuar e na relação sexual. Especificamente para as mulheres, essa região desempenha um papel vital durante o processo de
parto, estando intimamente ligado à passagem do bebê. É uma região muito sensível, por isso lacerações ou traumas na região podem ser bastante incômodos.
As lacerações perineais no parto podem acontecer em diferentes graus. Graus 1 e 2 consideramos leves, trazem pouco ou nenhum incômodo. Já os graus 3 e 4 são lacerações mais graves e devem receber cuidados especiais. Veja abaixo como é feita esta classificação. É importante saber qual foi a sua, porque cada uma tem um padrão diferente de recuperação e demanda cuidados particulares
Tanto 3o quanto 4o graus requerem um reparo adequado na hora do parto feito por um obstetra capacitado e um seguimento pós-parto especializado. Felizmente, essas lacerações mais graves só acontecem em 3-5% das mulheres.
Após o parto, as mulheres podem apresentar os seguintes sintomas, a depender do grau e extensão das lacerações:
Como dissemos acima, lacerações perineais são muito comuns e felizmente são leves na grande maioria dos partos. Não temos como prevenir 100% que aconteçam, mas temos algumas medidas que ajudam a diminuir as chances de lacerações mais graves. Entre elas:
Massagem Perineal:
A prática de massagens no períneo a partir de 34-35 semanas de gestação orientada por um profissional da saúde é uma medida efetiva para prevenção de lacerações graves.
Compressas Mornas:
O uso de compressas mornas no períneo na hora do coroamento, ou seja, quando o bebê está quase nascendo ajuda a "preparar os tecidos" para se alongarem e pode diminuir as chances de lacerações graves.
Uso Seletivo da Episiotomia: Sobretudo em partos fórceps, a realização da episiotomia de forma adequada e por um profissional treinado pode provavelmente reduzir o risco de lacerações graves.
A parte mais importante do tratamento de lacerações perineais, em especial se graves, é que sejam reconhecidas na hora do parto e que seja feito ali um reparo adequado com pontos.
Nos primeiros dias, dá-se atenção ao controle da dor, se houver, e monitora-se a cicatrização, para que aconteça de forma adequada.
Em casos de lacerações perineais graves, graus 3 e 4, recomenda-se que essas mulheres sejam acompanhadas por um profissional especializado, para vigilância de sintomas (como infecções ou dificuldade para controlar gases e fezes) e planejamento de possíveis intervenções, se necessário.
Quando possível, um retorno precoce à fisioterapia pélvica, se liberado por seu médico, pode ser muito benéfico para a recuperação.
Lembre-se que você acabou de colocar um ser humano no mundo! É preciso respeitar seu tempo de recuperação e ter uma rede de apoio faz toda a diferença.
O que é laceração perineal?
É uma lesão ou ruptura de tecidos da vagina e do períneo que pode acontecer no parto vaginal. São classificadas em graus e, se mais graves, requerem cuidados especializados.
O trauma perineal grave é uma condição que pode afetar o bem-estar e requer atenção e cuidado adequados. A consciência de sinais e a prevenção são a chave para evitar complicações. Se você suspeita que pode estar apresentando sintomas desta condição, é fundamental buscar ajuda médica especializada. Neste cenário, convidamos você a conhecer o corpo clínico da Alira, o qual une ginecologistas, uroginecologistas, fisioterapeutas pélvicos e nutricionistas, visando um tratamento global da sua saúde. Acesse o link e agende uma consulta!
Dra. Fernanda Pipitone
Ginecologia e Obstetrícia