> ORIENTAÇÕES NUTRICIONAIS NA ENDOMETRIOSE
Você sabe o que pode ser a dor durante a relação sexual? A condição jamais deve ser considerada como algo normal, mas infelizmente muitas mulheres ainda se frustram por não compreenderem as causas ou até mesmo pelo “tabu” que ainda cerca o tema.
Primeiro, não existe uma única resposta para as dores.
Inúmeras causas podem estar associadas às relações sexuais dolorosas e a solução desse problema começa pela
investigação ginecológica
para descobrir
a verdadeira causa do desconforto.
Para se ter ideia, um
estudo brasileiro sobre a vida sexual do brasileiro
contatou que 21,1% das mulheres
sentem dor durante sexo. A situação pode acontecer em todas as idades, no entanto, pode acabar sendo negligenciada tanto pela
falta de um diagnóstico preciso quanto pela vergonha de falar sobre o tema.
A fim de esclarecer esta questão tão importante e
auxiliar a busca por tratamento, este artigo mostra as principais causas que podem gerar relações sexuais dolorosas. Acompanhe.
Para identificar a causa da dor durante a relação sexual, é importante saber que as regiões geralmente afetadas são a vulva, vagina, a uretra, a bexiga e o baixo ventre. Além disso, as sensações dolorosas durante o sexo podem ocorrer em diversas itensidades, sendo em alguns episódios ou de maneira recorrente.
O nome dado a essa condição é
dispareunia e geralmente manifesta-se de duas maneiras:
dor na penetração (sentida na entrada da vagina) e de profundidade (sentida no fundo da vagina). Independentemente da maneira que ela surgir, é fundamental não ignorá-la e
buscar ajuda médica para verificar suas possíveis causas.
A origem da dor durante a relação sexual
varia entre problemas leves até doenças mais severas, e todas merecem atenção. Em geral, os fatores ligados à dispareunia podem ser divididos em tipos
físicos e
não físicos. Confira:
Como o próprio nome sugere, as causas físicas são aquelas ligadas às alterações ou doenças que afetam as estruturas relacionadas ao ato sexual. As respostas para o que pode ser a causa da dor durante a relação sexual podem incluir:
A endometriose é uma doença que ocorre quando um tecido semelhante ao do endométrio, que reveste internamente o útero, surge fora do órgão.
Segundo o Ministério da Saúde, a doença atinge cerca de
10% das mulheres, sendo que
as dores sexuais estão entre os seus sintomas mais recorrentes. Normalmente, os quadros dolorosos são no fundo da vagina, pois
grande parte das lesões aparecem neste local ou atrás do colo do útero, região que é tocada pelo pênis durante a penetração.
Já a cistite é uma inflamação ou infecção da bexiga, normalmente causada por uma bactéria que gera quadros típicos de infecção urinária.
As dores ou irritações causadas pela doença ocorrem porque a bexiga fica próxima à vagina, sendo que
elas podem surgir apenas depois do ato e piorar quando o contato sexual é contínuo.
É uma doença causada pelo fungo Candida sp que quando acomete a região vaginal pode dar um corrimento branco tipo leite coalhado, às vezes amarelado ou até esverdeado. Geralmente não tem odor, mas tem muita coceira e ardor.
A inflamação da vulva, vagina e colo do útero com a candida deixa a região sensível e dolorosa, ocasionando dor no sexo além de muitas vezes gerar microcortes na vagina que pode até sangrar.
O tratamento correto é fundamental e geralmente trata-se também o parceiro para que o fungo não fique passando de um parceiro para outro.
A doença inflamatória pélvica é um tipo de infecção dos órgãos reprodutivos, que geralmente é causada pela presença de bactérias sexualmente transmissíveis.
Ela não gera sintomas em grande parte dos casos, o que é um grande fator de risco, pois
o tratamento tardio pode gerar complicações como infertilidade e dor pélvica crônica.
Apesar disso, alguns quadros podem ser marcados por dor aguda em baixo ventre com piora quando o pênis toca o fundo, sangramento durante o ato sexual, eventualmente febre ou até quadros mais graves com pus na região abdominal; o que só reforça como é importante ficar alerta a esse tipo de problema.
Quando o corpo não consegue lubrificar a vagina suficientemente para a relação sexual, a penetração pode ser bastante dolorosa e ainda gerar microfissuras por conta do atrito.
Além disso, a dor diminui ainda mais a excitação da mulher, gerando um ciclo onde a lubrificação fica ainda mais prejudicada.
Muitos são os fatores físicos relacionados à falta de lubrificação, como
desequilíbrios na flora vaginal,
menopausa, amamentação, problemas hormonais, uso de certos medicamentos
e até fatores psicológicos (que explicaremos melhor adiante).
Por fim, o vaginismo, que ocorre quando o assoalho pélvico tem espasmos musculares que tornam a região ao redor da vagina mais apertada, dificultando ou até mesmo impedindo a penetração.
O sintoma clássico é justamente a dor sexual, já que a tentativa de realizar o ato mesmo com essa condição pode tornar a relação bastante dolorosa para a mulher.
A vulvodínia é uma dor na vulva (a parte de fora da genitália feminina) que pode ter diversas causas: infecção como a própria candidíase vulvar ou herpes, alergias, autoimune, dentre outras.
O tratamento precoce da vulvodínia é preconizado já que quanto mais o tempo passa maior pode ser a sensibilidade local à dor gerando tratamentos cada vez mais longos.
Para entender melhor o que pode ser a dor durante a relação sexual, é importante saber que o problema nem sempre tem uma causa física. Na verdade, é bastante recorrente que a condição ocorra devido à problemas psicológicos, tais como:
Algumas das questões psicológicas mais recorrentes na sociedade moderna estão diretamente relacionadas aos problemas sexuais.
Isso porque
a preocupação intensa gerada pela ansiedade, pelo estresse ou por sentimentos negativos decorrentes da depressão, podem estimular condições que afetam a vida sexual da mulher, como espasmos e falta de lubrificação.
Em contrapartida, mulheres que tiveram uma educação muito rígida, em que há extrema valorização da virgindade, medo excessivo de engravidar ou até questões ligadas à religiosidade, podem desenvolver impedimentos psicologicos ligados ao sexo.
As sensações de medo, vergonha e de culpa que esses aspectos geram são favoráveis ao vaginismo e à falta de lubrificação, e também podem exigir acompanhamento psicológico para que sejam sanados.
A partir da mesma lógica explicada nas duas primeiras situações, casos traumáticos geram consequências mentais muito graves que também acarretam dores ao relacionar-se sexualmente. Esses traumas podem ser por conta de estupro ou abuso sexual ou até procedimentos médicos genitais na infância.
Os desentendimentos entre os parceiros também podem ser uma justificativa do porquê existe dor durante a relação sexual.
Afinal, eles podem comprometer a naturalidade do ato sexual e fazer com que a mulher sinta-se menos à vontade, prejudicando sua lubrificação.
Como reforçamos acima, qualquer tipo de dor no sexo deve ser investigada e resolvida junto a um ginegologista.
Seja para tratar condições leves, doenças mais severas ou até para
garantir apoio psicológico, o devido acompanhamento é imprescindível e jamais deve ser negligenciado.
Agora que você já sabe o que pode ser a dor durante a relação sexual, que tal continuar informando-se sobre temas tão relevantes quanto o deste artigo? Não deixe de acompanhar as próximas publicações do nosso blog
e não hesite em nos
contatar caso tenha qualquer dúvida sobre o assunto ou necessite de auxílio especializado.