Não deixe de aprender!
Conheça os nossos
eBooks gratuitos
Clique nos links abaixo para conferir
> ORIENTAÇÕES NUTRICIONAIS NA ENDOMETRIOSE
Como o título sugere, existem diversos tipos de endometriose e, dependendo de cada caso, os sintomas apresentados e os métodos de diagnóstico podem ser diferentes!
A doença é relativamente comum e bastante conhecida entre as mulheres, acometendo cerca de 10% da população feminina em idade reprodutiva. Em números absolutos, só no Brasil, são cerca de 7 milhões de pacientes. No mundo, esse número é em torno de
176 milhões, segundo a
Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) e a
Sociedade Brasileira de Endometriose (SBE).
Garantir a sua identificação precoce e o correto tratamento é indispensável para
evitar complicações e garantir mais qualidade de vida para a paciente, mas este processo não é tão simples quanto parece.
Isso porque,
segundo especialistas,
estima-se que a condição pode levar de 8 a 10 anos até que seja diagnosticada, sendo que 1 a cada 10 mulheres tem o risco de desenvolvê-la.
Mas afinal, como reconhecer cada tipo de endometriose e quais são
os procedimentos mais adequados para diagnosticá-la? Descubra os detalhes mais importantes sobre o tema a seguir.
Os tipos de Endometriose
Antes de nos aprofundarmos nos tipos de endometriose e nos meios para garantir seu diagnóstico precoce, é importante esclarecer como a doença ocorre.
O
endométrio
é responsável pelo revestimento interno do útero, e ele passa por um
processo de renovação sempre que a mulher não engravida (o que gera inclusive o fluxo da menstruação).
Na
endometriose, células bastante parecidas com as do
endométrio,
instalam-se em regiões fora do útero, que variam conforme o tipo da doença. Suas causas podem estar
relacionadas a fatores genéticos, hormonais, imunológicos e nutricionais, podendo ter influência do fluxo menstrual, por meio da
menstruação retrógrada ou por mecanismo de
transformação celular.
Abaixo, entenda as diferentes formas que podem caracterizar a condição e quais são os sintomas provocados por cada uma delas:
Endometriose superficial
Na endometriose superficial, há a presença de implantes na área do peritônio, que é uma membrana que reveste toda a cavidade abdominal, incluindo órgãos e as paredes internas do abdome. As lesões podem afetar tanto órgãos próximos na região pélvica, como o útero, os ovários, a bexiga, o intestino grosso e as tubas uterinas, como também órgãos distantes no abdome superior, tais como o apêndice, o intestino delgado e o diafragma.
Por definição, a
endometriose superficial penetra o peritônio dos tecidos acometidos em até
5 milímetros de profundidade.
Em alguns casos, a doença pode ser
assintomática, em outros, por sua vez, pode gerar
sintomas como
a dismenorreia
(cólicas menstruais), a dispareunia (que são dores durante as relações sexuais)
e até, a
infertilidade.
Endometriose ovariana
Já na endometriose ovariana, também denominada de Endometrioma Ovariano, os tecidos e glândulas do endométrio se instalam no ovário e originam cistos preenchidos por um líquido escuro, "achocolatado", como são também conhecidos, podendo atingir diferentes tamanhos.
Com o diagnóstico precoce e adequado, temos o planejamento do tratamento, que, muitas vezes, deve ser cirúrgico. Neste, é possível tratá-la com a remoção do cisto, sem a necessidade da retirada do ovário, na maioria dos casos,
preservando a função ovariana.
Muito importante ressaltar que o achado por imagem (ultrassom ou ressonância) do Endometrioma Ovariano é um marcador de outros tipos de endometriose associada (superficial e/ou profunda, esta última especialmente). É raro encontrarmos este tipo de endometriose de forma isolada em uma paciente.
Endometriose profunda
Por sua vez, a endometriose profunda é caracterizada por lesões que infiltram o peritônio dos locais acometidos pela doença em mais de 5 milímetros de profundidade.
Nesse
tipo de endometriose, pode ocorrer a formação de nódulos endurecidos que muitas vezes são palpáveis no exame ginecológico, infiltrando os tecidos de órgãos como a
vagina, a
bexiga, o
reto (intestino grosso),
intestino delgado, os
ligamentos uterinos (redondo e uterossacros), inclusive a própria
parede externa do útero pode ser penetrada pelas lesões profundas.
Costuma apresentar manifestações mais severas dos sintomas típicos da endometriose, a depender do caso, como a
dismenorreia (cólica menstrual), a
disquezia cíclica (dor ao evacuar no período menstrual),
disúria cíclica (dor ao urinar no período menstrual),
dispareunia (dor na relação) de profundidade e, em uma parcela dos casos, pode ocasionar a
infertilidade.
Endometriose de parede abdominal
Há também um tipo mais raro de endometriose, que se desenvolve na parede abdominal da paciente. Geralmente, ela ocorre após cirurgias, especialmente após os partos tipo cesariana, e causa o aparecimento de nódulos endurecidos e dolorosos, próximos do local da cicatriz cirúrgica.
Outra forma de endometriose de parede abdominal é a endometriose da
cicatriz umbilical, apresentando-se como nódulos que sangram no período menstrual na região do umbigo.
Como é feito o diagnóstico?
Os diferentes tipos de endometriose podem fazer com que os sintomas apresentem-se de forma variada. Além disso, os sinais podem ser considerados como os de uma menstruação "normal", fazendo com que as mulheres levem anos até suspeitar da doença.
Como citamos anteriormente, o diagnóstico precisa ser feito
precocemente. Isso exige consultas regulares no ginecologista e atenção para relatar qualquer tipo de alteração, para garantir uma investigação adequada sempre que necessário.
Se a investigação for adiada,
as regiões afetadas ficam cada vez mais sensibilizadas, gerando dores e incômodos mais severos com o passar do tempo. Além de prejudicar a qualidade de vida, a depender do tipo de endometriose,
as chances de infertilidade podem aumentar,
como nos casos de endometriose ovariana.
Inicialmente, durante as consultas ginecológicas de rotina, é realizada uma investigação por meio da anamnese (conversa para entender as principais queixas da paciente) e do exame físico. Quando existirem suspeitas, exames de imagem especializados são recomendados, como:
- Ultrassonografia transvaginal com preparo intestinal para mapeamento de endometriose: que permite identificar endometriomas ovarianos, a endometriose profunda nos diferentes sítios de acometimento e aderências pélvicas.
- Ressonância magnética com preparo intestinal: este exame pode complementar o exame de ultrassom em alguns casos especiais com acometimento profundo da pelve como a região do assoalho pélvico, lesões grandes de vagina e acometimento do paramétrio, já que nessas regiões diversos nervos e plexos nervosos estão presentes e o acometimento dessas estruturas é melhor avaliado pela ressonância.
Importante ressaltar que ambos exames devem ser realizados por profissionais radiologistas com expertise e treinamento para o diagnóstico de endometriose para se evitar falhas no diagnóstico.
Quando alterações são identificadas e houver indicação de tratamento cirúrgico, o especialista pode optar pela
videolaparoscopia convencional ou assistida por robô (cirurgia robótica) para o adequado tratamento (com remoção) de todas as lesões.
Esteja atenta aos sintomas
Apesar dos incômodos e possíveis riscos, todos os tipos de endometriose podem ser minimizados caso o diagnóstico precoce seja garantido, promovendo mais bem-estar, saúde e qualidade de vida às pacientes.
Para ficar sempre atenta aos possíveis sintomas e garantir um tratamento adequado se necessário, não abra mão do apoio
e das consultas regulares junto ao especialista de sua confiança. Atualmente, já existem diversas intervenções não invasivas, que garantem uma melhor recuperação e diminuem o volume de procedimentos necessários contra a doença.
Gostou de conhecer os tipos de endometriose?
Que tal receber informações atualizadas sobre o assunto e ficar por dentro das
melhores recomendações para a sua saúde?
Acompanhe os profissionais da
Clínica Alira no seu Instagram e informe-se com quem é referência na área. Clique
aqui
para o perfil do
Dr. Giuliano Borrelli.
aqui
para acessar o perfil do
Dr. Tomyo Arazawa e
aqui
para a página da
Dra. Juliana Sperandio.