> ORIENTAÇÕES NUTRICIONAIS NA ENDOMETRIOSE
Um diagnóstico de endometriose realizado na hora certa é fundamental para evitar os danos causados por essa enfermidade.
Segundo
dados da Anvisa, a doença é um problema que pode afetar cerca de 10% da população feminina brasileira, geralmente acometendo mulheres de 25 a 35 anos. Mas sabemos que os sintomas dessa doença podem estar presentes nas mulheres desde muito mais cedo, mesmo na época das primeiras menstruações. E que os sintomas podem perdurar mesmo após a menopausa.
Caso não seja tratada da maneira correta, a endometriose pode trazer impactos em todas as áreas da saúde feminina. Não só na saúde física e reprodutiva, mas também na saúde sexual, emocional, profissional e conjugal.
Nesse artigo, mostraremos tudo que você precisa saber sobre o diagnóstico da endometriose. Boa leitura!
O primeiro passo para o diagnóstico da endometriose é a identificação dos sintomas iniciais. Quando identificado cedo, o quadro pode ser administrado antes que ele comprometa muito a qualidade de vida e saúde, trazendo melhores resultados para a paciente.
É importante ressaltar que existe um tempo médio entre os
sintomas iniciais até o diagnóstico de aproximadamente 7 a 10 anos. Reduzir esse tempo é fundamental para tratar a paciente adequadamente e reduzir o risco de sequelas e complicações.
A maioria das pacientes com endometriose vão apresentar sintomas de dor. Mas este sintoma não é evidência de endometriose em todas as pacientes. Algumas mulheres podem apresentar endometriose avançada e não ter queixas de dores.
A dor da endometriose é uma consequência principalmente do processo inflamatório causado no quadro. Fatores mecânicos como o comprometimento de fáscias e camadas mais profundas da pelve, além de eventual comprometimento de estruturas nervosas da cavidade abdominal podem colaborar nas dores.
Outros fatores modulam a percepção de dor, como a qualidade da alimentação, sono, estresse e outros fatores emocionais. Importante ressaltar que
a dor NÃO é emocional, mesmo que seja influenciada pelas emoções.
Esse incômodo pode surgir em forma de
fortes cólicas menstruais, dores lombares, dores ao urinar, ao evacuar, dores fora do ciclo menstrual, dores durante relações sexuais ou ainda uma mistura desses sintomas.
Em relação aos casos de infertilidade, eles ocorrem porque tecidos semelhantes ao endométrio se espalham pela região da
cavidade abdominal.
Assim, eles podem causar aderências em órgãos responsáveis pela fertilização (como os
ovários, por exemplo), comprometendo o funcionamento dos mesmos.
Confira abaixo os sintomas mais comuns para você conseguir antecipar o diagnóstico da endometriose:
O diagnóstico da endometriose depende de três pilares fundamentais:
O primeiro fator que um médico analisa em uma paciente para o diagnóstico da endometriose é o histórico clínico.
Com isso em mãos, todos os detalhes sobre a saúde da paciente serão levados em consideração pelo ginecologista, facilitando o processo de diagnóstico.
Aspectos hereditários são outros fatores que impactam no surgimento da endometriose. Mulheres com casos da doença na família apresentam um risco elevado de também terem o diagnóstico de endometriose.
Uma das formas mais práticas de realizar o diagnóstico do quadro é através do exame físico.
Esse estudo é feito em duas etapas:
Por último, mas não menos importante, os exames complementares também são peças fundamentais para o diagnóstico da endometriose.
Esses métodos são realizados com o
auxílio de tecnologias
que identificam os sinais da doença. Veja abaixo os mais recomendados por ginecologistas:
Esse exame não é uma ultrassonografia transvaginal habitual. É necessário realizar uma limpeza do intestino para melhorar a visualização das estruturas. Além disso, é fundamental que o exame seja realizado por um(a) médico(a) radiologista especializado(a) no diagnóstico de endometriose.
Embora seja um procedimento de menor custo comparado com outros, a ultrassonografia transvaginal é extremamente eficiente para a identificação da endometriose, e costuma ser a primeira escolha entre os exames.
Quando realizado por profissionais especializados, é possível identificar lesões mesmo em fases iniciais da doença. Além disso, a ultrassonografia também é superior à ressonância magnética na identificação de endometriose intestinal.
O protocolo completo deste exame inclui não só a avaliação da região pélvica, mas também da região intestinal e do diafragma.
A ressonância magnética é outro exame que pode auxiliar no diagnóstico e caracterização das lesões de endometriose. Este exame também precisa ser realizado com protocolo específico para endometriose, com preparo intestinal, e analisado por radiologistas especializados em endometriose.
É o exame mais indicado para as massas ovarianas que necessitam passar por uma avaliação mais detalhada. Além disso, seu uso é mais adequado para lesões mais profundas, quando há suspeita de infiltração de nervos, raízes sacrais e ureteres (situações nas quais o ultrassom pode oferecer algumas limitações)
Uma das desvantagens desse exame é em pacientes com claustrofobia. O exame costuma ser mais demorado que a ultrassonografia, e por isso algumas pacientes podem se sentir desconfortáveis.
Importante ressaltar que dependendo do caso, pode ser necessário realizar
tanto a ultrassonografia quanto a ressonância magnética, para melhor esclarecimento do quadro da paciente.
O diagnóstico da endometriose no momento certo é providencial para que a paciente não sofra com os danos da doença e que consiga receber um tratamento adequado. Sendo assim, ao sentir os primeiros sintomas, é necessário procurar pelo auxílio de um médico especializado para acompanhar o caso.
Restou alguma dúvida? Entre em
contato conosco! A Clínica Alira conta com uma grande equipe especializada em saúde e bem-estar da mulher.
Responsável técnico:
Dr. Tomyo Arazawa
CRM-SP: 120.351
RQE: 34.728-1