Você já ouviu falar de prolapso uterino?
Lilian Fiorelli • jan. 30, 2019

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O prolapso uterino ocorre quando o útero desliza para dentro da vagina ou se projeta a partir dela. Essa condição ocorre quando os músculos do assoalho pélvico, responsáveis pelo seu suporte, enfraquecem ou ainda ligamentos que seguram o útero se enfraquecem.

Apesar de poder afetar mulheres em qualquer idade, estima-se que 20% das mulheres acima dos 40 anos tenham este distúrbio em algum grau.  

Além disso, o problema costuma ocorrer com mais frequência naquelas que passaram por diversos partos normais e não realizaram atividades de fortalecimento da região dos músculos da pelve.

Nesse artigo, você vai conhecer tudo sobre prolapso uterino. Tipos existentes, as principais causas e os sintomas mais comuns . Vai ficar sabendo ainda, qual a melhor forma de prevenir o problema, bem como os tratamentos existentes. Confira!

Quais as causas do prolapso uterino?

O prolapso uterino ocorre quando há o enfraquecimento da musculatura pélvica e dos tecidos que oferecem suspensão e suporte ao órgão . Há diversas causas vinculados ao problema. Os principais são:

  • Gravidez;
  • Parto normal demorado ou difícil;
  • Parto de um bebê muito grande;
  • Excesso de peso;
  • Redução do nível de estrogênio no organismo (como na menopausa);
  • Excesso de esforço, como levantar com muita frequência objetos pesados;
  • Constipação crônica ou necessidade de realizar muita força para a evacuação;
  • Tabagismo;
  • Tosse crônica.

Partindo das causas mais comuns do prolapso uterino, é possível destacar alguns fatores considerados de risco, que aumentam as chances de ele ocorrer. São eles:

  • Ter passado por mais de um parto vaginal (normal ou humanizado);
  • Obesidade;
  • Sedentarismo;
  • Histórico familiar de fraqueza no tecido conjuntivo;
  • Alimentação pobre de fibras;
  • Menopausa;
  • Tabagismo.

Tipos de prolapso uterino

Há mais de um tipo de prolapso uterino. O problema costuma ser classificado conforme o nível de descida do útero pela vagina. Os tipos são:

  1. Prolapso uterino de grau 1: Esse tipo é considerado o mais leve de todos. Nele, o útero desce, porém, o colo do útero não chega a ficar visível na vulva (geralmente não tem sintomas);
  2. Prolapso uterino de grau 2: Trata-se do nível em que  o útero desce até a entrada da vagina. A mulher pode ou não ter sintomas e geralmente aparece junto com a parede anterior e posterior da vagina;
  3. Prolapso uterino de grau 3: Nesse, o útero fica além de  1 centímetro para fora da vulva. Neste caso a mulher já sente como uma bola na vagina;
  4. Prolapso uterino de grau 4: Trata-se do grau mais elevado do problema, em que o útero fica praticamente todo para fora da vagina. Neste caso a “bola” na vagina já é bastante visível.

É importante destacar que o enfraquecimento da musculatura de sustentação da pelve  e das estruturas de suspensão dos órgão da pelve também podem levar ao deslocamento de outros órgãos, como bexiga, reto e paredes da vagina.

Sintomas do distúrbio

Nos tipos mais leves de prolapso uterino, é comum que as mulheres não notem qualquer sinal ou incômodo. No caso, a doença pode ser completamente assintomática.  

Porém, quando se atinge os níveis moderado e grave, os sintomas que podem surgir são:

  • Dor e pressão na barriga;
  • Sensação de peso na pélve;
  • Sensação de que algo está saindo para fora da vagina, como uma “bola”;
  • Dificuldade para evacuar ou incontinência fecal;
  • Incontinência ou retenção urinária;
  • Dor ou desconfortos durante as relações sexuais;

É importante que, ao sentir um dos desconfortos acima e, principalmente, eles passem a interferir na sua vida normal, a mulher consulte imediatamente um ginecologista.

É possível tratar o problema?

Nos casos leves de prolapso uterino, pode não ser necessário realizar qualquer tipo de tratamento. Porém, quando o problema está promovendo desconfortos, o médico pode recomendar um dos seguintes tratamentos:

1) Fisioterapia pélvica

A fisioterapia pélvica é uma modalidade que tem como principal objetivo o de fortalecer os músculos pélvicos e, com isso, devolver melhora do tônuse o seu poder de sustentar os órgãos.  

Dentre os exercícios que podem ser realizados, destaca-se os de Kegel, que consistem em contrair a musculatura pélvica. O fisioterapeuta de assoalho pélvico é o melhor profissional para orientar estes exercícios e outros tratamento para a reabilitação dessa musculatura.  O ideal é que estes exercícios sejam realizados diariamente.

2) Cremes contendo hormônios

O prolapso uterino tem relação direta com o desequilíbrio hormonal da menopausa, contudo, a reposição destes hormônios não é garantia de restauração dos tecidos. Mas a boa notícia é que cremes hormonais vaginais podem ajudar a restaurar pelo menos a mucosa que ficou atrofiada na menopausa e pode, em conjunto com outros tratamentos, ajudar no resultado.  

4) Laser vaginal

Assim como os hormônios vaginais, o laser vagina visa a restauração da atrofia da vagina e pode auxiliar no tratamento em conjunto com outros tratamentos mais definitivos.

3) Cirurgia

A cirurgia costuma ser recomendada principalmente nos casos graves de prolapso uterino e quando os demais tratamentos não ofereceram melhoras nos sintomas.

De forma geral, o procedimento é considerado seguro e eficaz e pode ser feito visando dois objetivos distintos:

  1. Reparar o útero : Neste caso, a cirurgia visa recolocar o útero no seu local original, mantendo-o dentro da vagina. Para que o órgão não se desloque novamente, pode-se tentar restaurar os tecidos lesionados com pontos ou ainda usar telas como próteses para suspender o útero;
  2. Retirada do útero : Conhecida como histerectomia, a cirurgia de retirada parcial ou total do útero costuma ser recomendada a mulheres na menopausa, que não pretendem mais engravidar ou que estão sofrendo de prolapso uterino muito grave. Ela é considerada muito eficaz mas devemos ter a atenção de uma boa fixação da cúpula vaginal seja com pontos ou tela para não ter recidiva do prolapso (neste caso prolapso de colo do útero ou de cúpula vaginal).

A escolha do melhor tratamento somente deve ser realizada por um médico especializado , visto que ele depende muito do tipo de prolapso uterino e do nível dos sintomas.  Todo tratamento deve ser sempre discutido com a paciente quanto seus desejos, expectativas e taxas de cura e recidivas.

Formas de prevenir o prolapso uterino

A boa notícia é que é possível, através de algumas pequenas ações, evitar que ocorra o prolapso uterino.

As principais dicas são:

  • Beba muito líquido;
  • Ingira alimentos ricos em fibra, como legumes, frutas e grãos integrais;
  • Realize com frequência exercícios que fortaleçam a musculatura pélvica;
  • Evite levantar objetos muito pesados e quando o fizer, utilize a força das pernas e não da cintura ou das costas;
  • Procure tratamento para tosse crônica ou bronquite;
  • Pratique atividades físicas;
  • Evite o ganho excessivo de peso;
  • Realize preparo do períneo para a gestação (independente do tipo de parto) e para o parto com fisioterapia do assoalho pélvico.

—–

O prolapso uterino é considerado um problema comum e que requer cuidados especiais para que a qualidade de vida da mulher não seja prejudicada. Por isso, é importante buscar alternativas para evitar o seu surgimento ou, então, conter o seu avanço.

Nesse cenário, buscar a ajuda de um profissional especializado em fisioterapia pélvica é considerada uma solução muito eficiente, pois garante uma pélvis muito mais saudável e forte.

E caso tenha sintomas de “peso” ou “bola” na vagina o melhor profissional para avaliar é o ginecologista especialista em uroginecologia.

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