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> ORIENTAÇÕES NUTRICIONAIS NA ENDOMETRIOSE
O prolapso uterino ocorre quando o útero desliza para dentro da vagina ou se projeta a partir dela. Essa condição ocorre quando os músculos do assoalho pélvico, responsáveis pelo seu suporte, enfraquecem ou ainda ligamentos que seguram o útero se enfraquecem.
Apesar de poder afetar mulheres em qualquer idade, estima-se que 20% das mulheres acima dos 40 anos tenham este distúrbio em algum grau.
Além disso, o problema costuma ocorrer com mais frequência naquelas que passaram por diversos partos normais e não realizaram atividades de fortalecimento da região dos músculos da pelve.
Nesse artigo, você vai conhecer tudo sobre prolapso uterino. Tipos existentes, as principais causas e os sintomas mais comuns . Vai ficar sabendo ainda, qual a melhor forma de prevenir o problema, bem como os tratamentos existentes. Confira!
Quais as causas do prolapso uterino?
O prolapso uterino ocorre quando há o enfraquecimento da musculatura pélvica e dos tecidos que oferecem suspensão e suporte ao órgão . Há diversas causas vinculados ao problema. Os principais são:
- Gravidez;
- Parto normal demorado ou difícil;
- Parto de um bebê muito grande;
- Excesso de peso;
- Redução do nível de estrogênio no organismo (como na menopausa);
- Excesso de esforço, como levantar com muita frequência objetos pesados;
- Constipação crônica ou necessidade de realizar muita força para a evacuação;
- Tabagismo;
- Tosse crônica.
Partindo das causas mais comuns do prolapso uterino, é possível destacar alguns fatores considerados de risco, que aumentam as chances de ele ocorrer. São eles:
- Ter passado por mais de um parto vaginal (normal ou humanizado);
- Obesidade;
- Sedentarismo;
- Histórico familiar de fraqueza no tecido conjuntivo;
- Alimentação pobre de fibras;
- Menopausa;
- Tabagismo.
Tipos de prolapso uterino
Há mais de um tipo de prolapso uterino. O problema costuma ser classificado conforme o nível de descida do útero pela vagina. Os tipos são:
- Prolapso uterino de grau 1: Esse tipo é considerado o mais leve de todos. Nele, o útero desce, porém, o colo do útero não chega a ficar visível na vulva (geralmente não tem sintomas);
- Prolapso uterino de grau 2: Trata-se do nível em que o útero desce até a entrada da vagina. A mulher pode ou não ter sintomas e geralmente aparece junto com a parede anterior e posterior da vagina;
- Prolapso uterino de grau 3: Nesse, o útero fica além de 1 centímetro para fora da vulva. Neste caso a mulher já sente como uma bola na vagina;
- Prolapso uterino de grau 4: Trata-se do grau mais elevado do problema, em que o útero fica praticamente todo para fora da vagina. Neste caso a “bola” na vagina já é bastante visível.
É importante destacar que o enfraquecimento da musculatura de sustentação da pelve e das estruturas de suspensão dos órgão da pelve também podem levar ao deslocamento de outros órgãos, como bexiga, reto e paredes da vagina.
Sintomas do distúrbio
Nos tipos mais leves de prolapso uterino, é comum que as mulheres não notem qualquer sinal ou incômodo. No caso, a doença pode ser completamente assintomática.
Porém, quando se atinge os níveis moderado e grave, os sintomas que podem surgir são:
- Dor e pressão na barriga;
- Sensação de peso na pélve;
- Sensação de que algo está saindo para fora da vagina, como uma “bola”;
- Dificuldade para evacuar ou incontinência fecal;
- Incontinência ou retenção urinária;
- Dor ou desconfortos durante as relações sexuais;
É importante que, ao sentir um dos desconfortos acima e, principalmente, eles passem a interferir na sua vida normal, a mulher consulte imediatamente um ginecologista.
É possível tratar o problema?
Nos casos leves de prolapso uterino, pode não ser necessário realizar qualquer tipo de tratamento. Porém, quando o problema está promovendo desconfortos, o médico pode recomendar um dos seguintes tratamentos:
1) Fisioterapia pélvica
A fisioterapia pélvica é uma modalidade que tem como principal objetivo o de fortalecer os músculos pélvicos e, com isso, devolver melhora do tônuse o seu poder de sustentar os órgãos.
Dentre os exercícios que podem ser realizados, destaca-se os de Kegel, que consistem em contrair a musculatura pélvica. O fisioterapeuta de assoalho pélvico é o melhor profissional para orientar estes exercícios e outros tratamento para a reabilitação dessa musculatura. O ideal é que estes exercícios sejam realizados diariamente.
2) Cremes contendo hormônios
O prolapso uterino tem relação direta com o desequilíbrio hormonal da menopausa, contudo, a reposição destes hormônios não é garantia de restauração dos tecidos. Mas a boa notícia é que cremes hormonais vaginais podem ajudar a restaurar pelo menos a mucosa que ficou atrofiada na menopausa e pode, em conjunto com outros tratamentos, ajudar no resultado.
4) Laser vaginal
Assim como os hormônios vaginais, o laser vagina visa a restauração da atrofia da vagina e pode auxiliar no tratamento em conjunto com outros tratamentos mais definitivos.
3) Cirurgia
A cirurgia costuma ser recomendada principalmente nos casos graves de prolapso uterino e quando os demais tratamentos não ofereceram melhoras nos sintomas.
De forma geral, o procedimento é considerado seguro e eficaz e pode ser feito visando dois objetivos distintos:
- Reparar o útero
: Neste caso, a cirurgia visa recolocar o útero no seu local original, mantendo-o dentro da vagina. Para que o órgão não se desloque novamente, pode-se tentar restaurar os tecidos lesionados com pontos ou ainda usar telas como próteses para suspender o útero;
- Retirada do útero : Conhecida como histerectomia, a cirurgia de retirada parcial ou total do útero costuma ser recomendada a mulheres na menopausa, que não pretendem mais engravidar ou que estão sofrendo de prolapso uterino muito grave. Ela é considerada muito eficaz mas devemos ter a atenção de uma boa fixação da cúpula vaginal seja com pontos ou tela para não ter recidiva do prolapso (neste caso prolapso de colo do útero ou de cúpula vaginal).
A escolha do melhor tratamento somente deve ser realizada por um médico especializado , visto que ele depende muito do tipo de prolapso uterino e do nível dos sintomas. Todo tratamento deve ser sempre discutido com a paciente quanto seus desejos, expectativas e taxas de cura e recidivas.
Formas de prevenir o prolapso uterino
A boa notícia é que é possível, através de algumas pequenas ações, evitar que ocorra o prolapso uterino.
As principais dicas são:
- Beba muito líquido;
- Ingira alimentos ricos em fibra, como legumes, frutas e grãos integrais;
- Realize com frequência exercícios que fortaleçam a musculatura pélvica;
- Evite levantar objetos muito pesados e quando o fizer, utilize a força das pernas e não da cintura ou das costas;
- Procure tratamento para tosse crônica ou bronquite;
- Pratique atividades físicas;
- Evite o ganho excessivo de peso;
- Realize preparo do períneo para a gestação (independente do tipo de parto) e para o parto com fisioterapia do assoalho pélvico.
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O prolapso uterino é considerado um problema comum e que requer cuidados especiais para que a qualidade de vida da mulher não seja prejudicada. Por isso, é importante buscar alternativas para evitar o seu surgimento ou, então, conter o seu avanço.
Nesse cenário, buscar a ajuda de um profissional especializado em fisioterapia pélvica é considerada uma solução muito eficiente, pois garante uma pélvis muito mais saudável e forte.
E caso tenha sintomas de “peso” ou “bola” na vagina o melhor profissional para avaliar é o ginecologista especialista em uroginecologia.