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Se você já ouviu falar ou conhece alguém que passou pelo prolapso genital feminino, saiba que essa é uma realidade que muitas mulheres podem vivenciar em algum momento de suas vidas. A melhor estratégia para lidar com essa condição é reconhecer seus sinais o quanto antes e buscar a orientação adequada.
Neste artigo, abordaremos os principais aspectos do prolapso genital feminino, como identificar seus sintomas, e fatores de risco. Acompanhe a seguir!
O prolapso genital feminino ocorre quando os órgãos pélvicos, como a bexiga, o útero ou o reto, se deslocam de sua posição normal e se projetam para dentro da vagina. Esse deslocamento, na maioria das vezes, é resultado de um enfraquecimento ou lesão nos músculos, fáscias e ligamentos que sustentam essa região. Entre as causas mais frequentes, podemos citar o parto vaginal, as mudanças hormonais da menopausa, procedimentos cirúrgicos na região pélvica, o avanço da idade e até predisposições genéticas.
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O prolapso pode manifestar-se de diferentes formas, afetando distintas áreas da anatomia feminina. Vamos entender um pouco mais sobre seus principais tipos:
A cistocele ocorre quando o tecido de sustentação da bexiga que fica na parede anterior da vagina perde sua firmeza, fazendo com que a
bexiga se projete ou caia para dentro da vagina. Esse tipo de prolapso é comumente associado à sensação de
pressão na pelve, incontinência urinária e
infecções urinárias recorrentes. As principais causas abrangem partos vaginais múltiplos, esforço durante o parto e envelhecimento.
A retocele é o prolapso da parede posterior da vagina, onde o reto se projeta para dentro da vagina. Mulheres com retocele podem ter
dificuldade em evacuar e sentir uma sensação de "cheio" na região pélvica. As causas comuns são semelhantes às do cistocele, incluindo parto vaginal, especialmente se houve
lacerações ou episiotomias, e envelhecimento. Em determinados casos, pode ser preciso usar os dedos para ajudar a evacuar, pressionando a parede vaginal posterior.
Neste tipo, o útero se desloca em direção à vagina devido ao enfraquecimento dos músculos pélvicos. Em estágios avançados, o
útero pode até mesmo se projetar para fora da vagina. Os sintomas incluem sensação de peso na área pélvica, dor lombar e desconforto durante relações sexuais. As causas mais comuns são partos vaginais, múltiplas gestações, gestações múltiplas ou fetos grandes, e a redução natural do estrogênio após a menopausa.
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Quando uma mulher passa por uma histerectomia (retirada do útero), a parte superior da vagina (cúpula) pode deslocar-se com o tempo, levando ao prolapso da cúpula vaginal. Isso ocorre porque o útero, que antes fornecia suporte, foi removido, e os ligamentos que antes eram fixos no útero são reposicionados na cúpula vaginal, e pode haver uma desinserção ou fraqueza desses ligamentos. Os sintomas são semelhantes aos de outros prolapsos, incluindo
sensação de pressão na pelve, desconforto e "bola" na vagina.
Embora algumas mulheres com prolapso genital possam não apresentar sintomas perceptíveis, muitas experimentam uma variedade de sinais que podem variar em intensidade. Reconhecer e entender esses sintomas é fundamental para buscar o tratamento adequado e melhorar a qualidade de vida. Vamos explorar os sintomas mais comuns associados ao prolapso genital feminino:
Protrusão ou "bola" na vagina: Em alguns casos de prolapso, uma parte do órgão pélvico pode se projetar para fora da vagina. Esse deslocamento é geralmente mais perceptível durante atividades que aumentam a pressão na barriga, como tossir, espirrar, fazer exercícios ou carregar objetos pesados.
Aumento do corrimento vaginal: Algumas mulheres com prolapso podem notar um aumento na secreção vaginal, que pode ser transparente, esbranquiçada ou com uma leve coloração.
Alterações visíveis na abertura vaginal: A abertura vaginal pode parecer mais larga ou alterada de alguma forma, especialmente em casos mais avançados de prolapso.
Os sintomas do prolapso genital feminino podem variar amplamente e podem afetar a vida diária de uma mulher de várias maneiras. Se você ou alguém que você conhece está experimentando qualquer um desses sintomas,
é essencial consultar um uroginecologista para um diagnóstico adequado e orientação sobre as opções de tratamento.
Embora o prolapso genital possa ocorrer em qualquer mulher, existem certos fatores que podem aumentar a probabilidade de desenvolver essa condição.
O risco de prolapso tende a crescer com a idade. Isso ocorre porque, à medida que a mulher envelhece, os
músculos e ligamentos pélvicos podem enfraquecer, comprometendo a sustentação dos órgãos pélvicos. Além disso, mulheres que passaram por múltiplos partos vaginais estão mais suscetíveis, visto que o processo pode estirar ou até mesmo lesionar os músculos e ligamentos da região pélvica.
Cirurgias prévias na pelve, como a histerectomia, também são fatores que podem debilitar o suporte ligamentar, elevando as chances de prolapso.
A
diminuição dos níveis de estrogênio após a menopausa pode levar ao enfraquecimento dos tecidos pélvicos. Vale ressaltar que o estrogênio desempenha um papel vital na saúde e força dos tecidos pélvicos. Adicionalmente, um
histórico familiar de prolapso, sobretudo entre parentes próximos como mãe e irmãs, pode indicar uma predisposição genética à condição.
A
obesidade é outro fator de risco, pois o excesso de peso gera uma pressão adicional na pelve. Manter um peso saudável pode ajudar a reduzir esse risco. Da mesma forma, atividades que intensificam a pressão na região abdominal, como levantar objetos muito pesados ou uma tosse persistente, podem acelerar o desenvolvimento do prolapso. Certas condições médicas, como distúrbios do tecido conjuntivo ou problemas neuromusculares, também podem aumentar o risco.
Enquanto alguns fatores de risco, como idade e histórico familiar, não podem ser modificados, outros, como
peso e a prática de atividade física, podem ser gerenciados para reduzir o risco de prolapso.
O diagnóstico precoce é uma ferramenta poderosa na medicina, desempenhando um papel essencial na identificação e tratamento de diversas condições médicas, incluindo o prolapso genital feminino.
1.
Prevenção de Complicações: Se o prolapso genital feminino não for diagnosticado e tratado a tempo, pode levar a complicações mais graves. Estas podem incluir ulcerações vaginais, infecções frequentes e, em casos extremos, a protrusão completa (exposição total) de um órgão através da abertura vaginal. Identificar o problema em seus estágios iniciais pode evitar essas complicações, protegendo a saúde da mulher.
2.
Tratamento Mais Eficaz: Quando detectado precocemente, o prolapso genital feminino pode ser tratado de maneira mais assertiva. Em muitos casos, intervenções menos invasivas, como
fisioterapia pélvica ou o uso de pessários, podem ser suficientes. Por outro lado, um diagnóstico tardio pode exigir tratamentos mais complexos, como cirurgias.
3.
Melhoria na Qualidade de Vida: Muitas mulheres com prolapso genital experimentam sintomas que afetam negativamente seu bem-estar, como desconforto, dor e incontinência. Ao identificar e tratar a condição precocemente, é possível aliviar esses sintomas mais rapidamente, permitindo que a mulher retome suas atividades diárias com mais conforto e confiança.
4.
Redução dos Custos de Saúde: O diagnóstico precoce pode resultar em tratamentos menos invasivos e, consequentemente, menos dispendiosos. Isso não apenas beneficia o paciente, mas também pode reduzir os custos gerais de saúde, evitando procedimentos cirúrgicos complexos ou tratamentos de longo prazo.
5.
Educação e Conscientização: Um diagnóstico precoce também oferece a oportunidade de educar a paciente sobre sua condição. Isso permite que ela compreenda melhor o que está acontecendo com seu corpo, as opções de tratamento disponíveis e as medidas preventivas que pode adotar.
O diagnóstico precoce do prolapso genital feminino é uma etapa essencial para garantir um tratamento eficaz, prevenir complicações e melhorar a qualidade de vida da mulher.
O prolapso genital feminino é uma realidade que pode influenciar profundamente o bem-estar de uma mulher. Reconhecer os sintomas precocemente e buscar tratamento adequado é essencial. Se você suspeita que pode estar enfrentando esta condição, busque um uroginecologista.
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Dra. Lilian Fiorelli
Uroginecologia e Sexualidade