Saiba o que é Fístula Urinária e como é o tratamento
Lilian • 6 de novembro de 2023

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A fístula urinária é uma condição que pode afetar tanto homens quanto mulheres, mas é mais comum em mulheres devido a certos fatores de risco. Neste artigo, abordaremos o que é a fístula urinária, suas causas, sintomas, diagnóstico e as opções de tratamento disponíveis.


Continue acompanhando para conhecer mais sobre essa condição e seu tratamento!


O que é Fístula Urinária?


A fístula urinária é uma formação anormal de um canal entre a bexiga e outras partes do corpo, como a vagina, o intestino ou a pele. Esta condição resulta em um vazamento incontrolável de urina, podendo causar desconforto, constrangimento e complicações de saúde.


Causas da Fístula Urinária


As causas da fístula urinária podem ser variadas, incluindo:


  • Trauma ou lesão: Lesões durante procedimentos cirúrgicos, especialmente cirurgias pélvicas, podem levar ao desenvolvimento de fístulas.
  • Complicações obstétricas: Lesões durante o parto, particularmente em partos obstruídos ou prolongados, são causas comuns de fístulas vesicovaginais.
  • Exposição à radiação: Pacientes que passam por radioterapia para tratar cânceres pélvicos podem desenvolver fístulas como uma complicação.
  • Doenças inflamatórias: Condições como a doença de Crohn podem causar fístulas entre a bexiga e o intestino.


Tipos de Fístula Urinária


Existem diferentes tipos de fístulas urinárias, classificadas com base na sua localização e na estrutura com a qual a bexiga está conectada:


  • Fístula vesicovaginal: É a conexão anormal entre a bexiga e a vagina, sendo uma das mais comuns em mulheres.
  • Fístula uretrovaginal: é a comunicação anormal da uretra e vagina.
  • Fístula vesicointestinal: Caracteriza-se pela ligação entre a bexiga e o intestino.
  • Fístula vesicocutânea: Esta fístula conecta a bexiga diretamente à pele, resultando em vazamento de urina para fora do corpo através de uma abertura na pele.


Cada tipo de fístula urinária apresenta seus próprios desafios e sintomas, e o tratamento pode variar de acordo com o tipo e a gravidade da condição.


Sintomas Associados


A fístula urinária, dependendo de sua localização e gravidade, pode manifestar uma variedade de sintomas. Os mais comuns incluem:


  • Vazamento contínuo de urina: Pode ocorrer sem a sensação de urgência para urinar.
  • Infecções urinárias recorrentes: Devido à entrada de bactérias através da fístula.
  • Cheiro desagradável: Originado pela presença constante de urina.
  • Irritação ou infecção na área afetada: Especialmente se a fístula estiver ligada à pele ou à vagina.
  • Presença de gases ou fezes na urina: No caso de fístulas vesicointestinais.


Diagnóstico da Fístula Urinária


O diagnóstico de uma fístula urinária começa com uma avaliação detalhada dos sintomas apresentados pelo paciente e um exame clínico realizado por um médico uroginecologista ou urologista. O histórico médico e cirúrgico do paciente também é essencial para identificar possíveis causas.


Exames e Avaliações Clínicas


Para confirmar a presença e a localização da fístula urinária, diversos exames e avaliações podem ser realizados:


  • Avaliação clínica: O médico pode observar e tocar a área afetada para identificar a fístula.
  • Cistoscopia: Utiliza um cistoscópio para examinar o interior da bexiga e localizar a fístula.
  • Exames de imagem: Como ultrassonografia ou tomografia computadorizada, que ajudam a visualizar a fístula e determinar sua extensão.
  • Teste de corante: Um corante é introduzido na bexiga e, em seguida, verifica-se se há vazamento para identificar a presença e localização da fístula.
  • Urografia excretora: Um tipo de raio-X que avalia a função renal e pode ajudar a identificar fístulas.


Após a realização dos exames, o médico poderá determinar a melhor abordagem de tratamento para o paciente, levando em consideração a localização, tamanho e causa da fístula urinária.


Tratamentos Disponíveis


A fístula urinária possui diversas opções de tratamento que visam restabelecer a função normal da bexiga e melhorar a qualidade de vida do paciente. A escolha do tratamento depende da localização, tamanho e causa da fístula, bem como da saúde geral do paciente. As opções de tratamento variam desde medicamentos e métodos conservadores até procedimentos cirúrgicos mais invasivos.


Medicamentos e Terapias


Antes de considerar abordagens cirúrgicas, os médicos geralmente tentam tratamentos menos invasivos para controlar os sintomas e promover a cura:


Antibióticos
: São frequentemente prescritos para tratar ou prevenir infecções urinárias que podem surgir devido à fístula.


Medicamentos para controle da dor
: Podem ser recomendados para aliviar o desconforto associado à condição.


Cateterização
: Em alguns casos, a inserção de um cateter pode ser necessária para drenar a bexiga e permitir que a área afetada cure. Isso pode ser uma solução temporária enquanto se aguarda uma cirurgia ou como uma abordagem de longo prazo para pacientes que não são elegíveis à cirurgia.


Estimulação elétrica
: Em determinadas situações, a fisioterapia que utiliza a estimulação elétrica pode ajudar a fortalecer os músculos ao redor da bexiga e melhorar os sintomas.


Estimulação da trofia vaginal
: são usados hormônios locais e/ou energias de laser ou radiofrequência para melhorar a atrofia da mucosa vaginal facilitando na diminuição da fístula.


Procedimentos Cirúrgicos


Quando os tratamentos conservadores não são eficazes ou a fístula é de grande proporção, a cirurgia pode ser a melhor opção:


  • Reparo direto da fístula: Este é o procedimento mais comum, onde o cirurgião acessa a fístula e a fecha, restaurando a função normal da bexiga.


  • Reparo com enxerto de tecido: Em fístulas maiores ou em áreas onde o tecido circundante está danificado, um enxerto de tecido (muitas vezes retirado de outra parte do corpo do paciente) pode ser usado para fechar a fístula.


  • Desvio urinário: Em casos extremos, onde a fístula não pode ser reparada, o fluxo de urina pode ser desviado para uma bolsa externa.


  • Procedimentos minimamente invasivos: Com o avanço da tecnologia médica, algumas fístulas podem ser tratadas com técnicas menos invasivas, como a laparoscopia, que requer incisões menores e oferece um tempo de recuperação mais rápido.


É fundamental que o paciente discuta com seu médico as melhores opções de tratamento para o seu caso individual. A decisão deve levar em consideração os benefícios e riscos de cada abordagem, bem como as expectativas e preocupações do paciente.


Prevenção e Cuidados


A prevenção e os cuidados adequados são essenciais para evitar o surgimento da fístula urinária ou para minimizar seus efeitos adversos.


Medidas Preventivas


É crucial
manter um acompanhamento médico regular, principalmente para aqueles com condições de saúde que possam predispor o surgimento de fístulas. Esse acompanhamento permite identificar precocemente problemas e implementar intervenções adequadas. 


Cuidados Gerais


Para aqueles que já foram diagnosticados com fístula urinária ou estão em recuperação após o tratamento, alguns cuidados são essenciais:


Higiene Pessoal
: Manter a área afetada limpa e seca é crucial para evitar infecções e irritações. Trocar regularmente os absorventes ou fraldas e lavar a área com água morna pode ajudar.


Monitoramento de Sintomas
: Qualquer mudança nos sintomas, como aumento do vazamento de urina, dor ou sinais de infecção, deve ser comunicada ao médico imediatamente.


Medicação
: Se medicamentos foram prescritos, é importante seguir as orientações médicas e tomar conforme indicado.


Evitar Esforço Físico Intenso
: Atividades que aumentam a pressão abdominal, como levantar pesos pesados, podem agravar a fístula. É aconselhável discutir com o médico quais atividades são seguras.


Dieta Equilibrada
: Uma dieta rica em fibras pode ajudar a regular o trânsito intestinal, evitando constipação e reduzindo o risco de agravamento da fístula.


Hidratação
: Beber água suficiente é essencial para manter a urina diluída, reduzindo a irritação e o risco de infecções.


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A fístula urinária é uma condição tratável. Com o diagnóstico e tratamento adequados, muitos pacientes podem retomar uma vida normal e livre de sintomas.


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Dra. Lilian Fiorelli

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