Você já ouviu falar ou se identifica com o quadro de falta de lubrificação vaginal? Se sim, fique tranquila. Esse desconforto pode ser mais comum do que você imagina.

Ainda que a principal causa seja hormonal, a amamentação, medicamentos e outros fatores também podem contribuir com a baixa lubrificação. Ao longo deste artigo, vamos explorar porque ela acontece e como tratá-la.

Falta de lubrificação vaginal: por que acontece?

A falta de lubrificação é um problema decorrente principalmente de alterações hormonais, sendo o principal hormônio alterado o estrogênio, cujas concentrações ficam reduzidas. O estrogênio é um hormônio cujas concentrações oscilam ao longo do ciclo menstrual e ao longo das fases da vida da mulher. 

Essa baixa hormonal, pode, ainda, propiciar o ressecamento da mucosa vaginal e sua atrofia que, contribui para a ocorrer queda na lubrificação natural desta região. 

Além das causas hormonais, existem outros motivos que podem estimular a falta de lubrificação vaginal. São eles:

• infecções na região genital, como candidíase por repetição; 
• uso recorrente de determinados medicamentos (especialmente tratamentos com Isotretinoína, remédios dermatológicos, diuréticos e anticoncepcionais); 
• consumo excessivo de álcool;
• desidratação.

Um outro ponto que não pode ser esquecido e que pode contribuir para a falta de lubrificação vaginal é a falta de estímulo adequado em relações sexuais. Então, na ausência das causas anteriores, vale pensar nessa possibilidade e conversar com o seu parceiro.

Relação entre falta de lubrificação vaginal e menopausa

Ainda que represente um problema, a queda na lubrificação é algo comum. Os números apontam a recorrência maior da disfunção durante a menopausa, pois nesse período há uma queda natural da produção dos hormônios femininos.

É inevitável, no entanto, que essas mudanças também interfiram na libido da mulher. Com o fim do período fértil, ou seja, aquele que vai da primeira menstruação à menopausa, alguns hormônios tem uma queda em sua produção e muitas mulheres podem observar essa mudança atingir a vontade de manter relações sexuais. 

O estrogênio atua na vitalidade dos tecidos, ele promove a circulação sanguínea pélvica, trazendo a lubrificação natural da mucosa vaginal; além de atuar como um "alimento" para o colágeno e elastina da região permitindo uma boa elasticidade dos tecidos. A falta do estrogênio, portanto, deixa a mucosa vaginal pouco vascularizada, com a pele fina e pouco elástica. Nessa fase, é comum que a mulher tenha a sensação de que a vagina está mais curta ou “apertada” e com sensibilidade dolorosa.

Como diminuir os sintomas desse quadro? 

Para melhorar seu bem-estar, a mulher pode implementar algumas mudanças em seu estilo de vida ao iniciar a menopausa. Prática de atividades físicas e boa alimentação podem influenciar na melhora da disposição mental e física, assim como na própria autoestima.

Falta de lubrificação vaginal: como tratar?

A terapia hormonal sistêmica (comprimidos, gel transdérmico, adesivos ou até implantes), apesar de ser boa alternativa no tratamento dos sintomas da menopausa em geral, na parte do tratamento da lubrificação vaginal não é muito eficaz.

Pomadas ou cremes vaginais com hormônio é geralmente o tratamento mais utilizado no caso de falta de lubrificação vaginal. Contudo, o método tem contra-indicações, nem sempre resolve a secura vaginal por completo e muitas mulheres se sentem incomodadas com o uso contínuo de cremes vaginais. 

A aplicação de hidratantes vaginais específicos, com ácido hialurônico na composição, também pode trazer bons resultados. Assim como o uso de óleo de coco e  fitoterápicos de uso vaginal.

Mas é importante ressaltar que esses métodos melhoram a lubrificação apenas momentaneamente, e não a longo prazo. 

Outros tratamentos

Outros tratamentos que também podem ser utilizados para falta de lubrificação vaginal são o uso de energias vaginais: 

• Laser vaginal de CO2 fracionado;
• Laser vaginal de Erbium Yag;
• Tratamento por radiofrequência;
• Ultrassom microfocado.

Todos esses tratamentos visam estimular a formação de colágeno e elastina local, assim como aumentar a vascularização sanguínea genital. Assim, oferecem lubrificação mais duradoura às mulheres. A aplicação dos tratamentos é realizada por um médico especializado e geralmente se inicia com uma dose de aplicação ao mês ao longo de três meses. Depois disso, há manutenção com uma aplicação ao ano.

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Caso você esteja enfrentando a falta de lubrificação vaginal nesse momento, fique tranquila. Entenda que esse é um processo natural do corpo e que atualmente existem diversas alternativas para reverter essa ocorrência.

Além do mais, se estiver com problemas de autoestima ou em suas relações sexuais, saiba que na Alira você pode ter o acompanhamento de profissionais especializados em sexualidade femina.



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