> ORIENTAÇÕES NUTRICIONAIS NA ENDOMETRIOSE
Apesar de ser um tema tão importante não apenas para a vida sexual, mas para o bem-estar da mulher de maneira geral, o orgasmo feminino ainda é considerado tabu pela sociedade.
Devido a esse fato, algumas questões relacionadas com a sexualidade da mulher ainda são pouco debatidas e desconhecidas para grande parte da população.
A ejaculação feminina é um dos tópicos que causa muitas dúvidas.
O desconhecimento sobre esse assunto pode resultar em traumas e situações que podem envergonhar a mulher durante a relação sexual.
Nesse artigo, vamos explicar o que de fato é a ejaculação feminina e tirar algumas dúvidas sobre essa experiência.
Siga a leitura e saiba mais.
Muitas pesquisas ainda são feitas para compreender exatamente como funciona a ejaculação feminina.
No entanto, ela consiste na liberação de um líquido espesso e esbranquiçado por glândulas dentro e em volta da uretra durante o sexo, podendo ocorrer com ou sem orgasmo.
Ao contrário do que muitos pensam, esse processo não está ligado diretamente ao clímax. Ou seja, a mulher pode ejacular em qualquer momento da relação.
Além disso, é importante entender que a ejaculação feminina não se limita apenas pelo estímulo dos órgãos genitais.
Vale ressaltar também que esse processo não depende necessariamente da intensidade do prazer sentido durante a relação, pois é comum que mulheres tenham orgasmos intensos sem expelir nada.
Em suma, mesmo se você tiver um orgasmo muito forte, a ejaculação não é garantida e a maioria das mulheres não têm essas glândulas funcionantes, ou seja, não possuem a capacidade de ejacular
Existem dois tipos diferentes de ejaculação feminina: o fluido esguichando (chamado squirting), caracterizado por um grande volume de líquido incolor e inodoro; e o ejacular fluido, que se assemelha muito com o sêmen, sendo esbranquiçado e espesso.
A ejaculação feminina ocorre de maneira muito individualizada. Portanto, as sensações e a intensidade variam de mulher para mulher.
Algumas mulheres relatam que a sensação é exatamente a mesma de um orgasmo sem ejaculação. Já outras sentem um calor e tremor crescente vindo das coxas e subindo pelo corpo.
A quantidade lançada durante uma ejaculação feminina também apresenta variações. O volume de líquido liberado pode ir de 0,3 mililitros (mL) a 5 mL. Mulheres que expelem volumes muito maiores que isso devem ser avaliadas por um uroginecologista pois pode ser o caso de incontinência urinária.
Ficou na dúvida se o que expeliu foi urina ou ejaculação? A dica é fácil: basta cheirar e avaliar se tem odor característico de urina.
O líquido expelido na ejaculação feminina é produzido nas glândulas de Skene (também conhecidas como "próstata feminina''), dos lados direito e esquerdo da uretra. É possível visualizar com um espelhinho, são 2 ou 3 buraquinhos bem do lado da uretra.
Diferente do que muitas pessoas pensam, esse líquido não é urina, apesar de conter algumas substâncias presentes nela, como creatinina e ureia.
Além dessas substâncias a ejaculação feminina contém algumas composições presentes no sêmen masculino, como o antígeno específico da próstata (PSA) e a fosfatase ácida da próstata.
Por fim, o fluido feminino também tem frutose, um tipo de açúcar produzido no organismo que dá um gosto doce para o líquido.
Não existe uma forma mágica que funcione para toda mulher para conseguir ejacular.
No entanto, ao conhecer melhor o seu corpo, seus desejos e o que exatamente funciona para a sua excitação, as chances de comandar esse processo crescem consideravelmente.
Você nunca teve a experiência de uma ejaculação? Não se preocupe, não há nada de errado com o seu organismo ou com a sua saúde sexual. Na verdade, apenas cerca de 10% das mulheres conseguem experimentar esse processo.
E não, o fato de você não ejacular não está ligado com falta de estímulos ou incapacidade de ter um orgasmo que propicie esse momento.
A maior parte dos casos de mulheres que não conseguem ejacular está ligada ao não funcionamento da glândula de skene. A operação dessa estrutura que permite a ejaculação feminina, na verdade, é um resquício embriológico que não deveria funcionar.
Isso pode ser comparado com a presença do dente do siso, por exemplo. Algumas pessoas têm, outras não. E a sua ausência não causa problema algum.
O tabu acerca da ejaculação feminina ainda é muito grande em nossa sociedade.
Conhecer o seu corpo, o funcionamento da sua vida sexual e de seus desejos é vital para que suas experiências sejam sempre prazerosas.
Sendo assim, contar com o auxílio de um médico ginecologista garante que você mantenha os cuidados com sua vida íntima e saúde sexual sempre em dia.
A realização de check-ups, exames e consultas médicas periódicas pode trazer diversos benefícios não apenas para o lado sexual, mas para a saúde e bem estar de maneira geral.
Quer saber mais sobre esse ou outros assuntos relacionados? Entre em contato conosco. A Clínica Alira conta com um corpo de profissionais especializados em saúde da mulher prontos para te atender.
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Responsável técnico:
Dra. Lilian Fiorelli
CRM: 129.306