Como curar a bexiga hiperativa?
financeiro • 22 de novembro de 2022

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Toda doença que de alguma maneira atrapalha a nossa rotina traz incômodos que vão além das dores físicas. A bexiga hiperativa, condição que faz com que o paciente tenha uma vontade excessiva de urinar, certamente é uma delas.


Este problema acaba sendo mais comum do que as pessoas acham. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), esse distúrbio afeta cerca de 5% dos homens e mulheres com menos de 40 anos e até 35% da população acima de 70 anos.


Mas afinal, como curar a bexiga hiperativa? Quais os tratamentos necessários? Para sanar essas e outras questões, preparamos esse artigo para você. 


Continue a leitura!


O que é e quais os sintomas da bexiga hiperativa


Esta síndrome é definida como urgência para urinar, com aumento de frequência de idas ao banheiro, acompanhada ou não de incontinência urinária, ou noctúria (acordar à noite pela vontade de fazer xixi), na ausência de infecção urinária. 


Ela acontece quando ocorrem problemas no relaxamento do músculo detrusor da bexiga na etapa de enchimento. Dessa forma, temos um aumento na pressão interna da bexiga ocasionado pela contração desse músculo num momento que ele deveria estar relaxado, o que aumenta  a urgência e a frequência de vezes que sentimos vontade de urinar. 


Além do incômodo que esta doença traz por si só de maneira geral, a bexiga hiperativa pode acabar atrapalhando também a qualidade do seu sono


Resumindo, os principais sintomas deste distúrbio são: 

  • Urgência e extrema necessidade de urinar
  • Aumento de frequência urinária
  • Pode haver incontinência urinária associada
  • Pode haver noctúria associada


Quais as causas da bexiga hiperativa?


As verdadeiras origens da bexiga hiperativa ainda não foram completamente comprovadas pela ciência. No entanto, existem alguns indicativos que podem contribuir para o desenvolvimento da condição


A infecção urinária de repetição pode ser um fator desencadeante ou ainda outras doenças inflamatórias pélvicas como a endometriose.


Situações de prolapsos genitais como a conhecida "bexiga caída" ou cistocele podem ser o gatilho para bexiga hiperativa. Nestes casos os receptores de pressão que ficam na base da bexiga (local chamado de trígono vesical) são ativados precocemente, mesmo sem a bexiga estar cheia de fato. Esses receptores mandam um sinal para o cérebro avisando erroneamente que a bexiga está cheia e dá aquela sensação de urgência para urinar. 


Algumas doenças podem ser o gatilho da bexiga hiperativa como no caso da diabetes descompensada. Muitas vezes o simples fato de controlar a diabetes já melhora os sintomas urinários.


Em mulheres, a privação de hormônios após a menopausa e o esforço realizado durante o parto são duas causas bastante apontadas como originárias da doença. 


Um estudo desenvolvido na Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) apontou que este problema tem uma relação próxima direta com depressão e ansiedade em ambos os gêneros. Em muitos casos o estresse psicológico pode desencadear os sintomas.


Entretanto, os pesquisadores ainda não descobriram se essas questões psicológicas são causas ou consequências desta síndrome. 


Tratamentos para bexiga hiperativa


Agora que compreendemos detalhes sobre a doença, resta a seguinte dúvida: afinal, como curar a bexiga hiperativa? 


É muito importante, sempre que possível, investigar a causa e tratar especificamente a causa. Mas existem alguns tipos de tratamentos voltados para diminuir os seus sintomas. Confira!


Tratamento não medicamentoso 


Dentre os métodos para cuidar desta doença, as terapias comportamentais costumam ser a primeira linha de solução para este quadro. 


Como citamos acima, existe uma relação muito próxima da condição com problemas psicológicos ou doenças como ansiedade e depressão. O tratamento dessas doenças ou terapia psicológica como terapia cognitivo comportamental, por exemplo, e técnicas de controle de estresse podem ajudar também nos sintomas urinários.


Além disso, são recomendados outros métodos comportamentais no tratamento como a alimentação. Sabemos que a bexiga hiperativa pode piorar os sintomas com alguns alimentos. Recomenda-se evitar:

  • Alimentos cítricos ou ácidos como abacaxi, laranja, limão, morango, kiwi, tomate, vinagre;
  • Alimentos que contenham cafeína ou xantina como café, chá mate, chá preto, bebidas derivadas de cola;
  • Refrigerantes;
  • Alimentos com conservantes ou enlatados;
  • Alimentos com potencial mais inflamatório como alimentos ricos em gordura saturada, açúcares, farinhas brancas embutidos;
  • Bebidas alcoólicas.


Além disso, recomenda-se que o paciente comece a adotar em sua rotina alguns exercícios dos músculos do assoalho pélvico, muitas vezes orientados por um fisioterapeuta pélvico.


A própria fisioterapia pélvica pode ser a primeira linha de tratamento desses pacientes. Além do fortalecimento dos músculos de assoalho pélvico, melhora da propriocepção e coordenação dessa musculatura, o fisioterapeuta pélvico pode tratar com eletroestimulação neural como a estimulação via nervo tibial ou sacral.


Tratamento com medicações


O tratamento medicamentoso por via oral também é considerado de primeira linha e pode ser associado ao tratamento não medicamentoso. Os medicamentos reduzem as contrações do músculo da bexiga, ou seja, o músculo detrusor. 


Em outros casos em que não houve sucesso no tratamento de primeira linha, partimos para o tratamento de segunda linha. Um deles é a injeção no músculo da bexiga com toxina botulínica. É um procedimento usualmente realizado em ambiente hospitalar por um aparelho que enxerga a bexiga por dentro, chamado cistoscópio, e são feitos vários pontos de injeção da toxina botulínica (que é uma medicação paralisante do músculo) no músculo detrusor.


Como consequência, temos também a redução da necessidade de urinar.


Tratamento cirúrgico


Nos casos em que a bexiga hiperativa é associada a prolapso de órgãos pélvicos, a cirurgia para correção dos prolapsos pode às vezes ser curativa para os sintomas da bexiga hiperativa.


Em outros casos existe a alternativa da neuromodulação sacral, que consiste na colocação cirúrgica de um dispositivo na região sacral que funciona como se fosse um marcapasso da bexiga, modulando a atividade elétrica para que a bexiga diminua a contração.


É possível curar a bexiga hiperativa?


Afinal, bexiga hiperativa é uma condição que pode ser curada? A resposta para essa pergunta é sim. No entanto, para isso, é fundamental que o paciente conte com o apoio especializado de um profissional da saúde e muitas vezes uma equipe multidisciplinar. 


Devemos destacar que somente um médico da área de uroginecologia terá a base necessária para te acompanhar e indicar os melhores tratamentos para seu caso específico. 


E é nesse cenário que a Clínica Alira surge como uma aliada. Com foco na saúde da mulher, contamos com uma equipe multidisciplinar para trazer o máximo de bem-estar e saúde feminina. Acesse o link e marque uma consulta com nossas uroginecologistas!


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