> ORIENTAÇÕES NUTRICIONAIS NA ENDOMETRIOSE
A maioria das mulheres possui muitas reclamações quando o assunto é menstruação. Além dos desconfortos e efeitos colaterais que ela causa no organismo, muitas se queixam, também, do uso de absorvente. Os motivos são variados: há quem tenha alergia ao produto, quem não se sinta bem com ele e quem não goste de ter que trocá-lo seguidamente pelo excesso de fluxo. Além disso, um motivo importante é a questão ambiental.
Neste contexto, nos últimos anos, uma alternativa vem se destacando e conquistando a população feminina. Trata-se do coletor menstrual. Mas, ao mesmo tempo em que a fama e a quantidade de usuárias crescem, as dúvidas igualmente aumentam.
Apesar de pouco divulgado naquela época, o artigo começou a ser comercializado no Brasil em 2005. Há informações, ainda, de que ele tenha sido produzido industrialmente pela primeira vez em 1930.
O objeto é feito de material maleável (geralmente silicone), hipoalergênico, antibacteriano, atóxico e sem fragrância ou inibidores de odor. O coletor menstrual pode ser encontrado em diversas larguras e profundidades, e a escolha do tamanho deve se basear no fluxo menstrual e na expansividade da vagina (que pode ser determinada pelo fato de a mulher já ter tido filhos ou não).
Trata-se de um método alternativo ao absorvente descartável, em formato de copo e que deve ser inserido no canal vaginal. Após colocado, o produto se abre naturalmente e forma uma vedação a vácuo, permanecendo estabilizado na região.
Assim, todo o sangue que sair do colo do útero irá parar nele. Segundo os fabricantes, não há possibilidade de vazamento se estiver usando o coletor, exceto em caso de mal posicionamento do objeto.
Apesar de o investimento inicial ser um pouco alto, a longo prazo, o coletor menstrual se torna muito econômico, visto que não haverá a necessidade de comprar outros absorventes. Calcula-se que, em média, depois de oito ciclos, o “copinho” já tenha se pagado. Além do mais, a estimativa é de que ele possa ser utilizado por até dez anos se bem conservado.
Devido às características maleáveis do objeto, ele se adapta muito facilmente à estrutura interna da vagina. Mesmo quem o usa por 12 horas seguidas (tempo máximo sugerido para dias de baixo fluxo de sangue) não nota sua presença. Assim, é possível trabalhar, aproveitar a praia ou realizar uma viagem longa sem preocupação. Outra vantagem é que ele não causa ressecamento, incômodo que protetores tradicionais podem originar.
Como o coletor menstrual é reutilizável, gera-se infinitamente menos lixo e resíduos plásticos.
Apesar de ser feito de um material maleável, muitas mulheres demoram algum tempo para adaptar-se ao coletor menstrual. É normal sentir dificuldade para colocar ou retirar o copinho até realmente conhecê-lo bem e a forma como ele funciona dentro do próprio corpo.
Além disso, por ter sido mal inserido, ele pode ocasionar desconforto e vazamentos. Nesse caso, a pessoa deve removê-lo e reposicioná-lo até que fique corretamente vedado.
Este é um dos maiores contratempos das mulheres em relação ao coletor menstrual. Há alguns processos que devem ser realizados para que ele não estrague e, claro, mantenha-se higiênico.
No início e no fim de cada ciclo, é preciso fervê-lo por cinco minutos para esterilizá-lo. Durante os dias de menstruação, toda vez que ele for retirado e esvaziado, deve ser lavado com água e sabonete neutro. Os procedimentos são bastante simples, mas exigem uma certa logística.
Uma das principais dúvidas sobre como funciona o coletor menstrual é justamente a maneira de colocação.
O processo é fácil: basta dobrá-lo e inseri-lo na vagina. Depois disso, lá dentro, ele se abre automaticamente. O produto não deve ser empurrado até o fundo, mas, sim, deixado na entrada do canal.
Há diversas formas de curvar o copinho. O melhor jeito depende da anatomia vaginal de cada mulher. Porém, sabe-se que, quanto mais fininho ele ficar, mais simples será colocá-lo.
Além disso, é importante estar o mais relaxada possível. Pense que sua inserção é muito parecida com a de um absorvente interno. Geralmente as mulheres colocam com um dos pés apoiados em uma região elevada ou com os dois pés no chão e joelhos semiflexionados.
A remoção do objeto é igualmente fácil. É só apertar a base, imitando uma pinça com dois dedos para retirar o vácuo, e puxá-lo para fora. Relaxar os músculos do períneo descomplica ainda mais o procedimento.
Especialistas alertam que apesar da recomendação do fabricante ser de uso do coletor em até no máximo 12 horas seguidas, o ideal é realizar a higiene sempre que possível para evitar proliferação de bactérias na região.
Antes de comprar um coletor menstrual, consulte seu médico ginecologista. Ele é a pessoa ideal para indicar ou não seu uso e decidir com você o melhor tamanho.