O papel da alimentação anti-inflamatória na endometriose
Clínica Alira • 5 de outubro de 2023

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A endometriose é uma doença que atinge cerca de 190 milhões de mulheres em idade reprodutiva, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS).



Por se tratar de uma condição considerada crônica, e com caráter inflamatório, ela requer cuidados durante toda a vida. A inflamação é uma das principais respostas do nosso sistema imune para reagir contra agressões e nos proteger; contudo, quando essa inflamação se torna exacerbada faz-se necessário que medidas sejam tomadas.

Cada dia mais tem-se demonstrado que a dieta pode desempenhar importante papel na modulação de condições que apresentam caráter inflamatório crônico, assim como na modulação hormonal, podendo, assim, ser uma importante ferramenta a ser aplicada em pacientes que possuem endometriose.


Nesse caminho, muito se tem falado em dieta anti-inflamatória, mas, afinal, o que seria essa dieta e como ela poderia auxiliar essas pacientes? Fica conosco nós que vamos lhe explicar melhor.


Relação entre alimentação e endometriose


Como mencionado anteriormente, a endometriose é uma doença marcada pela presença de inflamação crônica de baixo grau, e esta inflamação é estimulada, em parte, tanto pelo estresse oxidativo presente, quanto pelo estímulo que as células semelhantes ao endométrio, que se localizam fora do útero, recebem do estrogênio.


Entre os diversos recursos que podem ser utilizados, evidências apontam que a alimentação pode atuar em diversas frentes presentes na paciente com endometriose, como processo inflamatório e oxidativo, além de poder impactar diretamente na produção hormonal, e melhora de sintomas, quando presentes. Assim, o estímulo à adesão de uma dieta balanceada e personalizada deve ser estimulado.


Endometriose e dieta anti-inflamatória


Quando se fala em endometriose e vem a pauta nutrição, não é incomum logo se ouvir que é preciso adotar uma dieta anti-inflamatória, pensando, principalmente, no seu caráter inflamatório. No entanto, afirmar exatamente o que consiste ser uma dieta anti-inflamatória, para que possamos orientar as paciente, ainda é uma pauta que vem sendo discutida no meio científico.


Em linhas gerais, as proposições do que seria uma dieta anti-inflamatória vêm sendo baseadas no que chamamos de padrões dietéticos com características anti-inflamatórias, que abarcam dietas que são marcadas pela presença de alimentos que contém nutrientes e fitoquímicos que possuem potencial de reduzir a inflamação no nosso organismo, bem como com caráter antioxidante. 


A dieta mediterrânea, que é adotada em países do sul da Europa, é uma clássica desse padrão de dietas anti-inflamatórias, e é marcada pelo consumo abundante de frutas e vegetais sazonais, azeite de oliva, consumo regular de oleaginosas e sementes, cereais integrais, legumes, consumo moderado de peixe, e de laticínios como leite, iogurte e queijos em quantidades limitadas, uso de ervas como temperos, bastante ingestão de água, e, por outro lado, baixo consumo de carnes vermelhas e processadas, ovos, e consumo raro de doces.


Essas características fazem com que essa dieta seja mais rica em fibras, tenha um bom aporte de vitaminas, minerais, água, gorduras insaturadas, presença de alimentos com potencial prebiótico que também vai ser interessante na modulação intestinal, e tenha menor teor de gordura saturada, açúcares e tenha carboidratos de melhor qualidade. 


Vale ressaltar que os alimentos de maior consumo nesta dieta são clássicas fontes de vitaminas e minerais antioxidantes, como, por exemplo, vitaminas C e E, e zinco, além de possuírem fitoquímicos, que juntos, podem atuar na modulação de vias inflamatórias e oxidativas, e auxiliar essa paciente com endometriose de distintas maneiras, como vem sendo demonstrado em estudos mais recentes. Ademais, pelo respeito à sazonalidade e a variedade, temos mais facilmente garantidos o aporte de nutrientes diversificados que minimizam deficiências nutricionais.


Nesse ínterim, fica a ressalva, quando pensamos em uma dieta anti-inflamatória, além da presença de nutrientes essenciais e com características antioxidantes, não podemos nos esquecer de que é necessário reconhecer e respeitar a presença de intolerâncias e alergias alimentares, bem como tratar a barreira intestinal se necessário, pois se não respeitarmos esses aspectos individuais podemos potencializar que processos inflamatórios ocorram.


Alimentos que são interessantes e que requerem atenção


Em linhas gerais é interessante que sejam priorizados alimentos ricos em fibras, vitaminas, minerais, ácidos graxos essenciais, fitoquímicos e água, pois eles podem auxiliar na redução da inflamação e estresse oxidativo que são comumente exacerbados na paciente com endometriose, podem amenizar sintomas de dores que podem estar presentes, e auxiliar, ainda, na modulação hormonal e intestinal.


Por outro lado, é interessante que o consumo de alimentos ricos em farinhas refinadas, açúcares, gordura saturada, típicos de muitos alimentos industrializados e do que chamamos de dieta ocidental, sejam evitados, assim como frituras e excesso de sódio, bem como álcool, pois o álcool pode ativar vias inflamatórias e requer mais nutrientes antioxidantes para ser detoxificado do organismo. O consumo de cafeína é interessante que seja individualizado e caso a paciente não desenvolva efeitos adversos e não tenha uma recomendação para exclusão, que o consumo de alimentos com cafeína seja moderado, assim como o consumo de carnes vermelhas, embutidos e laticínios gordurosos.


Por fim, a individualização é sempre necessária, bem como o respeito a questões individuais que desencadeiam reações e ativam o sistema imune. Um alimento com potencial anti-inflamatório e considerado saudável para a maioria das pessoas, pode não ser indicado para outras, exatamente por características individuais. 


Busque por um nutricionista que entenda sobre endometriose

A busca pelo balanço nutricional adequado deve ser, acima de tudo, segura para a sua saúde. Inserir ou eliminar alimentos da sua rotina podem causar diversos impactos, físicos e emocionais que poderiam ser melhor contornados com o auxílio de alguém que tem conhecimento aprofundado.


Por isso, antes de iniciar uma dieta, procure por um profissional que passe as orientações corretas e que procure entender de maneira aprofundada as suas necessidades. Só ele poderá informar qual o melhor caminho a seguir mantendo o consumo de nutrientes necessários.


Na Clínica Alira você conta com um atendimento multidisciplinar referente à saúde da mulher. Nossas nutricionistas estão preparadas para lhe ajudar a ter uma dieta que possa lhe auxiliar na melhora da sua qualidade de vida e melhor controle da endometriose. Agende sua consulta!


Para mais conteúdos como esse, acesse nossa Central Educativa e fique informada sobre tudo relacionado a endometriose, uroginecologia e sexualidade!


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