> ORIENTAÇÕES NUTRICIONAIS NA ENDOMETRIOSE
A maternidade gera diferentes efeitos sobre o corpo feminino, e uma das principais dúvidas das novas mães envolve a retomada de atividades cotidianas, como a prática esportiva, volta ao trabalho e como será a sexualidade após o parto.
O retorno das atividades sexuais é limitado durante o puerpério, período de 40 dias após o nascimento do bebê, no qual o corpo da mulher está voltando ao estado pré-gestação e o sexo com penetração é contra-indicado.
Gradativamente, o organismo se adapta, mas é comum se deparar com algumas alterações corporais durante este intervalo (e nos meses seguintes).
Confira a seguir quais são as mudanças ocorridas na sexualidade pós-parto e os efeitos na rotina afetiva do casal.
Listamos a seguir os principais fatores que geram alterações corpóreas nas mulheres após o nascimento do bebê. Dentre eles: parto, lactação, amamentação, alteração hormonal e adaptação à maternidade/paternidade. Acompanhe:
O procedimento obstétrico afeta diretamente o fator recuperação pós-parto. Isso porque, em uma cesárea, a paciente é submetida a uma cirurgia, tendo que lidar com cuidados pós-operatórios, enquanto no parto normal sem intercorrências a retomada é mais rápida.
Contudo, o parto normal também pode evoluir com lacerações ou até necessidade de corte (episiotomia) e o pós parto nestes casos também demandam cuidados pós operatórios.
O tempo estimado de cicatrização total, seja na cesárea ou parto normal com necessidade de pontos, é de 40 dias, que é o período do puerpério. Neste período a atividade sexual já não é recomendada, mesmo para parto normal sem intercorrências pelo aumento da chance de infecção puerperal.
A maioria das mulheres não apresenta complicações no parto que possam influenciar sua sexualidade. Mas em alguns casos a recuperação do parto cesáreo pode ser mais demorado, pode haver dor na cicatriz de sutura vaginal com dor na relação sexual, pode evoluir com prolapsos genitais e até incontinência urinária influenciando também a parte sexual.
Segundo a OMS, o aleitamento materno deve ocorrer por, no mínimo, seis meses. Isso significa que a maioria das mães terão alterações na região dos seios para possibilitar a amamentação durante um longo período após o parto.
A produção de leite, a chamada lactação, pode ser incômoda quando a produção é maior que o consumo pelo bebê, gerando dores causadas pelo acúmulo de leite nas glândulas mamárias, que pode levar à mastite.
Já a amamentação (o ato de dar o leite ao bebê) também deixa a paciente sujeita ao desconforto gerado pelo processo de sucção, em alguns casos podem ocorrer fissuras nos mamilos gerando muita dor.
Ainda, como na fase da amamentação a mama está voltada exclusivamente para alimentar o bebê, é muito comum que os casais também não vejam mais essa região como uma zona erógena, o que também impacta diretamente na intimidade.
Como dito, o parto muda muito o tempo de recuperação, contudo, seja qual for o procedimento, a região da vulva e do canal vaginal passam por alterações devido às mudanças na musculatura local.
O chamado assoalho pélvico se enfraquece e é comum que as mulheres sintam dores e até mesmo a sensação de peso na região. Contudo, o corpo é capaz de se readaptar, algo que leva em torno de 40 dias (justamente o intervalo chamado puerpério).
A gravidez e a amamentação alteram a produção regular de hormônios, e a principal consequência do pós-parto é a redução nos níveis de estrogênio e aumento da produção de
prolactina.
A prolactina estimula a produção de leite, porém,
reduz a libido e também a sensibilidade, elasticidade e lubrificação vaginal. O resultado para as mulheres é a dor na relação sexual durante a penetração, dificuldade de atingir o orgasmo, além de uma possível falta de desejo sexual.
Esse comportamento é passageiro. Conforme ocorre a atenuação na produção de leite, é comum que haja o retorno do equilíbrio hormonal.
O período após o parto é um dos momentos de maiores mudanças na vida do casal, principalmente se for o primeiro filho, quando a rotina da casa ainda não tinha um bebê. O bebê recém nascido requer muitos cuidados e muda completamente a dinâmica do lar.
É uma rotina que se repete a cada 3 horas praticamente sem descanso, uma doação dos pais, e principalmente da mãe, de corpo e alma.
Estarem preparados emocionalmente, fisicamente e até com o ajuste da rotina passa a ser crucial para que essa fase ocorra da forma mais harmoniosa possível. Ter uma rede de apoio nesta fase também pode ajudar muito.
Mesmo assim as noites sem dormir e o cansaço acumulado às vezes falam mais alto e claro que no meio de tudo isso, sobra pouco tempo e disposição para o sexo.
Entender que é só uma fase é fundamental, sem cobranças, com muita ajuda mútua e sem se afastar, afinal é a fase que cada um mais precisa do outro. Esse laço fortalecido também irá aproximar o casal para retomar suas atividades sexuais o quanto antes.
Como dito acima, o corpo feminino precisa de pelo menos 40 dias para se readaptar e permitir que a prática sexual ocorra sem tanto desconforto e sem riscos à saúde; porém, após este período, quem decide pelo retorno da rotina afetiva do casal é o próprio casal.
Com base em seu processo de recuperação físico e psicológico, as mães podem escolher em qual momento sentem-se seguras para a sexualidade no pós-parto.
Mas esse processo deve contar com apoio médico. É importante que a paciente faça consultas ginecológicas e obstétricas após o nascimento para que um profissional tenha pleno conhecimento sobre seu estado de recuperação.
Além dos fatores biológicos, a rotina sexual é impactada pelo próprio bebê. Por isso, é importante contar com uma rede de apoio para que a mãe tenha sua individualidade respeitada, seja para descansar ou para ter um momento de intimidade com seu parceiro.
Para os pais, é importante pensar que a divisão das funções parentais é essencial para que a mulher não sofra com uma sobrecarga físico-social que a deixe sempre cansada e indisposta para momentos de carícias.
Se você é mãe e está em busca de uma recuperação saudável e tranquila para retomada da sexualidade pós-parto, conheça a Clínica Alira.
Oferecemos assistência médica especializada em saúde feminina com o objetivo de entregar atendimento humanizado e personalizado de acordo com as suas necessidades e desafios.
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Responsável Técnico:
Dra. Lilian Fiorelli
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