Parto humanizado é a melhor escolha para a gestante e o bebê?
Lilian Fiorelli • 4 de janeiro de 2018

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Uma das decisões mais importantes que uma mulher grávida tem de tomar é em relação ao método a ser utilizado para o nascimento do bebê. Muito se tem falado sobre o parto humanizado, embora a cesárea e o parto normal ainda aconteçam com bastante frequência. Mesmo assim, várias gestantes ainda têm dúvidas sobre como escolher o melhor procedimento. Entenda mais sobre o assunto com as reflexões que trazemos aqui!

O que é um parto humanizado?

Entende-se como parto humanizado aquele em que as decisões da mulher são plenamente respeitadas e levadas em consideração . Na maioria dos casos, isso significa deixar a natureza fazer seu papel e realizar o mínimo possível de intervenções médicas. As únicas mediações são feitas com o consentimento da gestante, tendo em mente, sempre, a saúde dela e do bebê.  

O parto humanizado não precisa acontecer em um local específico e pré-determinado, ao contrário da ideia que muitas pessoas podem ter. Ele pode ocorrer em casa, dentro d’água, na cama e até no próprio hospital.

A função do médico, nessa situação, é acompanhar e observar o desenrolar do processo natural, interferindo somente quando necessário. Há, também, a possibilidade de a mulher escolher quem deve estar ao seu lado durante o trabalho de parto.

A cesárea, embora trate-se de um procedimento cirúrgico, pode ser sim humanizada quando as práticas que citamos acima são colocadas em prática.

Por exemplo, nos casos em que a gestante pode ser acompanhada durante a anestesia e não é segurada para receber a medicação. O pano que fica entre a cabeça e a barriga da mulher, bloqueando sua visão, também é retirado se a paciente quiser, o que possibilita uma interação e participação maior no momento do nascimento. Após o nascimento o bebê é colocado em seu colo assim como no parto normal e a mulher tem seus braços livres e não amarrados para abraça-lo.

Qual a diferença entre um parto normal e um parto humanizado?

É importante lembrar, antes de tudo, que nem todo parto normal pode ser considerado um parto humanizado . Essa associação é frequente, mas está equivocada. No primeiro caso, apesar de toda a naturalidade do processo, há uma série de protocolos que eventualmente são seguidos, como: o uso de sonda vesical para esvaziar a bexiga, jejum de seis horas (pelo menos), depilação sistemática dos pelos pubianos, lavagem intestinal pré-parto, etc.

Com todos esses procedimentos, o nascimento deixa de ser um evento puramente fisiológico e se transforma em uma ação cirúrgica, devido ao grande volume de interferências externas. Vale lembrar que muitos desses recursos já são considerados desnecessários e, até mesmo, prejudiciais pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

Benefícios do parto humanizado

Foco na mãe e no bebê: o centro desse tipo de parto é o respeito dado à mulher e à criança, e isso com certeza resulta em uma experiência mais positiva e bonita para ambos.

Prevenção do nascimento prematuro: diferentemente de uma cesárea agendada, o parto humanizado acontece naturalmente, deixa o bebê “determinar” o momento em que esteja pronto para vir ao mundo. Para as mamães que preferem a cesárea, elas também podem aguardar esta data para realizá-la. O pulmão da criança, quando já está maduro, libera uma substância que pode auxiliar com que a mãe entre em trabalho de parto.

Melhora da respiração do bebê: a passagem da criança pelo canal vaginal é muito benéfica, pois a compressão sofrida ali faz com que ela coloque para fora o líquido que há em seus pulmões. Dessa forma, ela já nasce respirando melhor. No parto cesárea essa compressão é possível mas depende muito do tamanho da passagem que é feita para o bebê e a forma que ele é retirado.

Menor risco de infecção para a mamãe no parto vaginal: por não se tratar de uma operação, o parto vaginal humanizado causa menos complicações desse tipo nas mulheres. Estatísticas entre os anos 2000 e 2011 apontam que as infecções maternas, após o nascimento da criança, são cinco vezes maiores em gestantes que passam pela cesárea.

Algo que é fundamental destacar é que o parto vaginal humanizado só é possível quando não há complicações envolvendo a mãe ou o bebê . Por essa razão, é indispensável conversar com o obstetra sobre qual seria a melhor opção em seu caso. Independentemente de haver ou não intervenção médica, o essencial é que sua saúde e a de seu filho sejam prioridade no momento de trazê-lo ao mundo.

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