> ORIENTAÇÕES NUTRICIONAIS NA ENDOMETRIOSE
Engravidar é, para muitas mulheres, um dos momentos mais importantes que podem acontecer na sua vida. Afinal, é a oportunidade de formar uma família e desenvolver o seu lado materno.
Apesar de muitas sonharem com esse dia, em média, de 60 a 70% delas engravidam sem planejamento médico, ou seja, não tomam as medidas preventivas para evitar que problemas surjam para ela e para seu bebê. Sabe-se que em torno de 15% das mulheres acabam passando por uma gestação de alto risco, por isso este planejamento é fundamental.
Como imprevistos acontecem, esses números demonstram a importância de contar com o acompanhamento de um ginecologista e um obstetra e, principalmente, realizar todos os exames do pré-natal a fim de garantir uma gestação saudável.
Abaixo você confere a lista de exames do pré-natal, em que trimestre eles devem ser realizados e a importância de seguir à risca todas as orientações, tanto para o pleno desenvolvimento do bebê quanto para garantir a integridade física da mulher.
O chamado acompanhamento pré-natal são todas as consultas médicas realizadas ao longo da gestação a fim assegurar a saúde da mãe e do bebê, além de garantir que o seu desenvolvimento ocorra da melhor forma.
Em suma, eles têm como principal objetivo proporcionar uma gravidez segura. Assim, as consultas periódicas visam:
O ideal é que esse acompanhamento pré-natal se inicie no primeiro trimestre gestacional (o indicado é ocorra antes da 10ª semana). Assim, é fundamental que a mulher já procure um profissional para iniciar sua orientação no momento em que descobrir a gravidez.
Esse teste de urina é requisitado para verificar se a mulher não está com alguma infecção urinária, mesmo que ela não tenha nenhum sintoma aparente. Ele é importante porque, caso o problema exista e não seja tratado, pode chegar nos rins ou em outra parte do corpo, podendo desencadear em p roblemas de saúde para ela e até levar ao parto prematuro.
Assim, esse exame do pré-natal costuma ser requisitado logo na primeira consulta e a cada novo trimestre. É importante salientar que mesmo que a mulher não tenha sintomas de infecção urinária pode ter bactéria na urina e que causa as mesmas consequências mencionadas, por isso o exame é solicitado mesmo nas mulheres assintomáticas e são tratadas se vier positivo.
O hemograma é o teste que avalia todos os componentes do sangue, analisando, por exemplo, os glóbulos vermelhos, os glóbulos brancos e as plaquetas. Ele normalmente é solicitado a cada trimestre da gestação, iniciando logo na primeira consulta, pois visa descobrir sinais de anemia, infecção ou outro tipo de alteração.
Um dos maiores problemas que podem surgir na gravidez é a diabetes , visto que, nessa fase, a mulher passa a ter mais dificuldade para absorver o açúcar. Assim, é comum que logo no início, assim como entre a 24ª e a 28ª semana, o médico solicite o exame de glicemia, que mede o nível de glicose no sangue.
Ele é realizado em jejum de 8 horas porque é importante ter o número base sem a ingestão recente de qualquer alimento. Entre a 24ª e a 28ª semana a glicemia é avaliada em jejum e depois mais 2 medidas 1 a cada hora após tomar um líquido muito doce rico em glicose para avaliar como o organismo reage com a glicose.
Mulheres que forem diagnosticadas com diabetes gestacional precisam de cuidados especiais, pois há riscos de a gravidez ser comprometida.
Este exame é de fundamental importância pois mais do que indicar qual o tipo sanguíneo da mãe, pode indicar se há risco de seu sangue ser incompatível com o do bebê. Isto acontece quando o fator Rh da mãe é negativo e o de seu parceiro é positivo, pois neste caso há o risco do sangue do bebê ser positivo (o que só se confirma após o nascimento)
Nessa incompatibilidade torna essencial que a mulher realize um tratamento preventivo com imunoglobulina para que o seu corpo não rejeite o sangue do bebê como forma de proteção. Nos casos em que não se toma este cuidado corre o risco de produzir anticorpos contra o sangue positivo, nada acontece nesta gestação, mas em gestações futuras pode matar o sangue do bebê ocasionando uma anemia grave conhecida como eritroblastose fetal.
Dependendo do resultado, pode-se indicar que a mulher receba a injeção de imunoglobulina na gestação e outra até 72 horas após o parto (caso confirme que o bebê é Rh positivo). Com isso, não há a produção dos anticorpos permanentes contra o fator Rh.
O papanicolau é um dos exames do pré-natal que são mais corriqueiros para as mulheres , visto que o indicado é que ele seja realizado anualmente para prevenir o câncer do colo do útero.
Esse teste tem por objetivo verificar se a mãe é soropositiva para HIV. Ele costuma ser solicitado logo no início da gestação, pois, em caso de positivo, é importante que a mulher receba um t ratamento especial para evitar que haja a transmissão para o bebê e para fortalecer o seu sistema imunológico, que fica debilitado com a doença. É solicitado também no final da gravidez para decidir quais cuidados devem ser tomados durante o parto e saber se poderá amamentar.
O objetivo desse exame é detectar se a mulher possui alguma das hepatites, principalmente a B e C, que são transmitidas através da relação sexual e via sanguínea como transfusão de sangue e até por equipamentos em manicures não esterilizados adequadamente.
Caso a gestante tenha uma delas e não realize o tratamento adequado, ela pode ser passada para o feto e ter o seu desenvolvimento comprometido. Assim, é indicada a sua realização no primeiro trimestre e no terceiro.
Apesar de muitas mulheres, por curiosidade ou medo, quererem realizar esse exame do pré-natal em todas as consultas, a verdade é que do ponto de vista médico não há essa necessidade. A frequência é dada pelo médico, baseando-se no histórico da paciente, mas há quatro momentos específicos em que ele é fundamental:
Nas consultas, ainda, o ginecologista pode realizar exames físicos alternativos a fim de verificar se há outras alterações que mereçam alguma investigação mais profunda. Dentre eles, destacam-se o controle do seu peso e altura uterina.
Nesse caso, a iniciativa parte do médico, que deverá se basear no histórico da paciente e em reclamações do dia-a-dia.
O exame de fezes é solicitado pelo médico a fim de verificar a existência de algum parasita no intestino, verminose ou outro tipo de infecção que possa desencadear em problemas na gestação como contrações ou na saúde da mulher, como anemia.
Ele costuma ser indicado já na primeira consulta e precisa ser repetido somente caso surja algum incômodo intestinal.
A frequência com que a mulher visita o ginecologista depende da existência ou não de algum fator de risco, da presença de alguma doença detectada nos exames do pré-natal e da sua saúde como um todo.
Em caso de gravidez saudável, o indicado é que, até a 32ª semana, ocorram ao menos 1 consulta por mês. Após, a consulta é quinzenal até 37 semanas, após este período semanal até 40 semanas e se não nascer até lá e houver segurança de manter a gestação o controle deve ser realizado a cada 2 ou 3 dias até 41 semanas e raramente até 42 semanas.
Essa frequência possibilita que o médico realize o acompanhamento pleno da saúde da mãe e do bebê.
Além do acompanhamento do ginecologista, é importante que os resultados de todos os exames do pré-natal sejam analisados em conjunto com o médico obstetra.
Somente esse profissional tem a habilidade de avaliar o contexto como um todo e não o resultado isoladamente. Além disso, alguns exames do pré-natal podem indicar a presença de alguma doença que necessite de tratamentos específicos. Assim, ele mesmo poderá indicar a terapia adequada ou encaminhar para outro profissional.
Com isso, há a maior tranquilidade de que todos os cuidados serão tomados para que a gravidez ocorra de forma saudável e tranquila.