> ORIENTAÇÕES NUTRICIONAIS NA ENDOMETRIOSE
Dor é sinônimo de que algo não está funcionando direito. Principalmente em relações sexuais, onde o objetivo é sentir prazer, a presença da dor é um sintoma que sempre deve ser avaliado.
Neste artigo, eu, Dr Tomyo Arazawa, falo sobre as 5 principais causas de dor na relação sexual (também chamado de dispareunia). Para saber mais sobre esse assunto, me acompanhe no Instagram @drtomyo !
Podemos dividir a dor na relação sexual em basicamente dois tipos, dependendo da localização da dor:
A endometriose é uma doença na qual um tecido parecido com o endométrio (camada interna do útero), aparece e cresce fora do útero. Em casos mais avançados pode comprometer os ovários, trombas, intestino e bexiga.
Essa doença é uma das mais frequentes entre as mulheres. Estima-se que 10 a 15% de todas as mulheres em idade reprodutiva tenham endometriose.
A dor na relação sexual de profundidade é um dos sintomas mais comuns em pacientes com endometriose. Isso ocorre poisa maioria das lesões aparecem no fundo da vagina ou atrás do colo do útero. Durante a relação sexual o pênis encosta nessa região, causando dor. A posição sexual na qual a maioria das mulheres portadoras de endometriose sentem dor é a posição “de quatro”. Isso porque nessa posição a região de trás do colo do útero é mais facilmente atingida quando o pênis penetra profundamente.
Além disso, a dor de penetração também pode ocorrer em muitas mulheres portadoras dessa doença. Geralmente esse tipo de dor aparece após algum tempo após o aparecimento da dor de profundidade. Isso porque a mulher passa a contrair mais a musculatura da vagina de forma involuntária. Essa contração dificulta a penetração e aumenta a sensação de dor.
Aliás, a endometriose é a principal causa de dor pélvica na mulher atualmente. Por isso deve ser sempre considerada como diagnóstico diferencial.
Quando o organismo não produz lubrificação suficiente para preparar a vagina para a relação sexual, a mulher pode sentir muita dor na hora da penetração. Sem a lubrificação, o atrito pode ocasionar microfissuras na mucosa da vagina o que gera a dor na relação sexual. A dor diminui a excitação e a sensação de prazer, o que diminui ainda mais a lubrificação e gera-se um ciclo.
A causa pode estar relacionada desde a problemas ginecológicos mais sérios quanto a situações em que pequenos desequilíbrios na flora vaginal ou hormonal causam a sensação de secura vaginal, ou até mesmo pelo fator psicológico. A falta de lubrificação acontece, com mais frequência, em mulheres mais idosas ou naquelas que não estão muito a fim daquela relação, sejam por estarem tensas ou qualquer outro fator.
Geralmente a falta de lubrificação vaginal causa dor de penetração.
Ardência, incômodo ou dor durante a relação sexual ou mesmo após o ato podem indicar uma cistite , que é uma infecção e/ou inflamação da bexiga, em geral causada por bactéria (infecção urinária). Como a bexiga fica muito próxima à vagina, quando há infecção, o contato contínuo na relação pode piorar a dor na relação sexual.
A candidíase em geral está associada ao corrimento branco, às vezes com coceira, e bastante dor na relação sexual. Esta infecção é causada pelo crescimento excessivo de um tipo de fungo denominado Candida albicans. Esse fungo é normalmente encontrado em pequenas quantidades na vagina, não causando qualquer sintoma.
No entanto, certos medicamentos e problemas de saúde podem favorecer o crescimento. Embora a candidíase não seja considerada uma DST (doença sexualmente transmissível), ela pode ser transmitida por meio do contato sexual, para as genitálias e a boca.
Geralmente a candidíase vaginal causa dor de penetração.
O principal sintoma do vaginismo é a dor durante a tentativa de penetração – seja de pênis, dedos ou outros objetos. Muitas vezes encarado como “frescura”, o vaginismo tem cura e merece atenção.
A dor é causada porque o assoalho pélvico, em um espasmo muscular, fecha a região em volta da vagina. Essa musculatura, ao contrair, impede a penetração. A tentativa machuca e então dói. Essa contração é feita de maneira involuntária. Motivos fisiológicos ou psicológicos podem gerar esta disfunção. Mulheres que tiveram uma educação muito rígida e religiosa, em que a virgindade é muito valorizada, ou o medo de engravidar podem desenvolver o vaginismo. Traumas e abusos também podem estar relacionados ao distúrbio.
O tratamento, na maioria das vezes, está associado à terapia realizada por uma série de profissionais, muitas vezes em conjunto (ginecologista, fisioterapeuta, sexólogo e psicólogo). O importante é não ter vergonha de conversar com o parceiro nem com o médico sobre o assunto. Procure a orientação necessária, faça os tratamentos de acordo com cada causa e aproveite uma vida mais feliz e prazerosa e sem dor na relação na relação sexual.
Dor na relação sexual não é normal. A falta de um diagnóstico correto, e consequentemente a falta de um tratamento adequado, pode levar a sequelas importantes na vida social de uma mulher. Por isso, se você se identificou com algum desses sintomas, procure um ginecologista de sua confiança para uma avaliação adequada!
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