> ORIENTAÇÕES NUTRICIONAIS NA ENDOMETRIOSE
A incontinência urinária ao esforço, caracterizada pela perda involuntária de urina durante um ato de força (tossir, espirrar, carregar peso e até levantar-se da cama), é um problema que atinge cerca de 10 milhões de brasileiros, em todas as idades, e é duas vezes mais recorrente em mulheres .
O maior impacto na vida de quem sofre com a doença é o constrangimento, já que ela limita algumas atividades diárias, como fazer exercícios e até subir e descer escadas, pelo medo de perder urina. Muitas mulheres só saem de casa com absorvente ou com várias calcinhas na bolsa, para não ficarem com a roupa molhada.
Os fatores de risco para o surgimento da condição têm relação com o número de gestações, a menopausa, a obesidade e a “queda” de órgãos como a bexiga e o útero.
Descubra, a seguir, como solucionar esse desconforto com a cirurgia para incontinência urinária feminina .
Conhecida por cirurgia de sling , o procedimento Tension Free Vaginal Tape (TVT) consiste na introdução de uma fita de polipropileno, via vaginal, abaixo da uretra, com o objetivo de dar maior sustentação à uretra e reduzir as eventuais perdas de urina. Dessa forma, o períneo ganha um reforço extra.
A operação é feita com anestesia raquidiana ou geral, preferencialmente em centro cirúrgico (embora seja possível, mas pouco frequente, a realização ambulatorial com anestesia local).
Os cortes realizados são de 1,5 cm na vagina (na região abaixo da uretra) e de 0,5 cm na raiz da coxa ou acima da pube (dependendo do tipo de faixa utilizada). O procedimento tem duração média de 20 minutos e a paciente geralmente recebe alta no mesmo dia ou no dia seguinte.
Apresenta cerca de 80% a 90% de chances de sucesso. Porém, é importante que a paciente seja orientada sobre outras formas de tratamento para incontinência urinária, como fisioterapia e os exercícios de Kegel . Essas técnicas podem ser definitivas, evitando a cirurgia ou ajudando no processo de cura antes e após a operação.
Os exercícios de Kegel são realizados para fortalecer os músculos do assoalho pélvico. O recomendado é que eles sejam praticados, no mínimo, três vezes ao dia. Outra alternativa é a melhora da atrofia genital com hormônio via vaginal ou laser . A perda de massa corporal, para pessoas com sobrepeso ou obesidade, também pode contribuir para a melhora do problema.
O pós-operatório demanda alguns cuidados específicos, visto que a recuperação pode levar de um a três meses, dependendo de cada paciente. As principais recomendações são:
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evitar esforços como abaixar, carregar pesos de mais de 4 kg, subir e descer escadas e levantar-se bruscamente por, pelo menos, 15 dias;
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não realizar exercícios físicos intensos e não arrastar móveis por aproximadamente 60 dias;
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ingerir alimentos ricos em fibras (para diminuir a força necessária para evacuar);
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prevenir-se de gripes e evitar tossir ou espirrar por um mês;
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não usar absorvente interno;
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não manter relações sexuais por, no mínimo, 40 dias;
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lavar a região genital, depois de urinar ou evacuar, com água e sabonete neutro;
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utilizar calcinhas de algodão;
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não entrar em piscinas, banheiras ou no mar para evitar contaminações.
Embora a operação seja pouco invasiva, ela ainda pode causar as complicações passíveis de ocorrer em qualquer procedimento cirúrgico, como sangramento e infecção. Outro risco é que a tensão da fita pode resultar na incapacidade de esvaziar completamente a bexiga, levando à retenção urinária. É possível, também, o aparecimento de uma infecção urinária.
Converse com seu médico a respeito da melhor opção de tratamento para o seu caso, uma vez que ele é o único capaz de dizer, com precisão, o que se encaixa melhor em suas necessidades e particularidades.
Essa decisão depende de vários fatores e da gravidade do quadro. Por isso, é importante marcar uma consulta para que o profissional faça uma avaliação completa.