O que acontece se não tratar a endometriose?
Talitha Alves • set. 06, 2023

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A endometriose é uma condição médica que afeta muitas mulheres em idade fértil em todo o mundo, causando uma série de sintomas desconfortáveis e muitas vezes até incapacitantes. 


Este artigo irá explorar a
importância de tratar a endometriose, as opções de tratamento disponíveis e as potenciais consequências de não tratar a doença. 


Continue a leitura e saiba mais!


Vamos começar pelo início: o que causa a endometriose?

Ela se manifesta quando um tecido semelhante ao que reveste a cavidade uterina (tecido endometrial) começa a crescer em outros lugares da região pélvica. No entanto, o que exatamente causa a endometriose ainda é objeto de pesquisa e debate na comunidade médica.


Uma das primeiras teorias descritas na literatura médica foi a da
menstruação retrógrada. Esta teoria sugere que durante a menstruação, algumas células endometriais podem fluir de volta através das trompas de Falópio e se implantar na cavidade pélvica. Uma vez lá, essas células podem crescer e formar aderências de endometriose. Vale ressaltar que todas as mulheres apresentam o refluxo de sangue através das tubas uterinas e apenas 10% evoluirão com endometriose. 


Outra teoria é a
metaplasia celômica, que sugere que certas células fora do útero têm a capacidade de se transformar em células endometriais sob a influência de estímulos hormonais ou imunológicos.


Além disso,
fatores genéticos também parecem desempenhar um papel na endometriose. Mulheres que têm mãe ou irmã com endometriose apresentam um risco maior de desenvolver a doença.  Algumas mulheres já nascem com os focos de endometriose fora do útero, conforme descrito pela teoria embriológica. 


Os
fatores imunológicos também são considerados importantes. Algumas mulheres com endometriose parecem ter um sistema imunológico que não consegue reconhecer e destruir o tecido endometrial que cresce fora do útero.


Por fim, a
exposição ambiental a certos produtos químicos, como os desreguladores endócrinos, hábitos alimentares e estilo de vida, também têm sido sugeridos como possíveis fatores desse surgimento, explicados pela teoria epigenética.


Em uma visão geral,
a causa exata da endometriose é provavelmente multifatorial, envolvendo uma combinação de fatores genéticos, hormonais, imunológicos e possivelmente ambientais.


Como tratar a endometriose?

O tratamento da endometriose é multifacetado e depende de uma abordagem personalizada, incluindo fatores como a idade da paciente, a gravidade dos sintomas, a extensão da doença e os planos de fertilidade. Embora seja uma condição crônica e não tenha cura, existem várias opções de tratamento disponíveis que podem auxiliar no controle dos sintomas e melhorar a qualidade de vida.


Medicamentos para alívio da dor são frequentemente a primeira linha de tratamento. Estes podem incluir analgésicos, antinflamatórios ou medicamentos prescritos para dor mais severa.


Terapias hormonais
podem ajudar a reduzir a dor e a retardar o crescimento do tecido endometrial. As opções de terapia hormonal podem incluir contraceptivos orais, progestagênios, agonistas do GnRH e outros.


Em alguns casos, a
cirurgia pode ser usada para remover o tecido endometrial, aliviar a dor e melhorar a fertilidade.


Além dos tratamentos médicos e cirúrgicos, algumas mulheres descobrem que
mudanças no estilo de vida podem ajudar no controle dos sintomas da endometriose. Isso pode incluir exercícios regulares, uma dieta saudável, técnicas de redução do estresse e terapias complementares, como acupuntura, fisioterapia e yoga.


O tratamento da endometriose é altamente individualizado
e o que funciona para uma mulher pode não funcionar para outra. Portanto, é fundamental trabalhar em colaboração com um profissional de saúde para desenvolver um plano de tratamento que atenda às necessidades e objetivos individuais da paciente.


O que acontece se não tratar a endometriose?

A endometriose é uma condição de saúde que, se não for devidamente tratada, pode levar a uma série de complicações e impactar significativamente a qualidade de vida de uma mulher.


Se a endometriose não for tratada, a condição pode progredir e os sintomas podem se intensificar. A
dor pélvica pode se tornar crônica e debilitante, afetando a capacidade de uma mulher de realizar suas atividades diárias. A dor pode ser particularmente intensa durante a menstruação e durante ou após a relação sexual.


A endometriose não tratada também pode levar a
problemas de fertilidade. Aproximadamente 30 a 50% das mulheres com endometriose enfrentam problemas para engravidar. Ainda é incerta a causa exata da infertilidade, no entanto existe relação com o tecido endometrial que cresce fora do útero e obstrui as trompas de Falópio ou causa inflamação crônica.


Além disso, pode causar a
formação de cistos nos ovários e aderências pélvicas (tecido fibroso que pode fazer com que os órgãos pélvicos se colem uns aos outros). Ambas as condições podem causar dor e podem requerer tratamento cirúrgico.


A doença também pode ter um impacto significativo na
saúde mental de uma mulher. A dor crônica e os problemas de fertilidade associados à ela podem levar ao estresse, ansiedade e depressão.


Diante dessas complicações que podem surgir, se mostra evidente a importância da paciente buscar atendimento médico e discutir suas opções de tratamento com um profissional de saúde.


Endometriose pode gerar infertilidade?

Como mencionado anteriormente, a relação entre endometriose e infertilidade é complexa e multifatorial. Porém, é importante notar que ter endometriose não significa necessariamente que uma mulher será infértil. Muitas mulheres com endometriose conseguem engravidar, embora possam necessitar de mais tempo ou de assistência médica.


Existem várias maneiras pelas quais a condição pode influenciar a infertilidade. Primeiro, o tecido endometrial que cresce fora do útero pode causar
inflamação e formação de cicatrizes, o que pode interferir na função normal dos ovários e das trompas de Falópio. Isso pode dificultar a liberação de um óvulo durante a ovulação ou o transporte de um óvulo fertilizado para o útero.


Além disso, pode levar à formação de cistos ovarianos conhecidos como
endometriomas. Esses cistos podem interferir na ovulação e na qualidade dos óvulos.


Também pode
alterar o ambiente hormonal e imunológico do organismo, o que pode afetar a fertilidade. Por exemplo, a inflamação causada pela doença pode alterar o equilíbrio hormonal e afetar a implantação do embrião.


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Tratar a endometriose é crucial para gerenciar os sintomas, prevenir complicações e melhorar a qualidade de vida. Existem várias opções de tratamento disponíveis, e o melhor plano de tratamento dependerá das circunstâncias individuais de cada mulher. Se você tem endometriose, é importante trabalhar em estreita colaboração com seu médico para desenvolver um plano de tratamento que atenda às suas necessidades, de forma totalmente individualizada.


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Responsável Técnico:

Dra. Talitha Alves

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