Incontinência Urinária Feminina
Lilian Fiorelli • fev. 23, 2016

Não deixe de aprender!

Conheça os nossos

eBooks gratuitos


Nestes últimos dias tem feito muito calor. Beber muito líquido é essencial para manter-se hidratado. Ingerindo mais líquidos, a frequência com que vamos ao banheiro urinar também é maior. Às vezes, até seguramos um pouco para ir ao banheiro, principalmente se estamos no trabalho ou em alguma balada, mas, quando urinamos, a sensação é de alívio.

O fato de conseguir segurar a urina até ir ao banheiro para a maioria é um ato muito simples. Porém, para milhões de pessoas no mundo, esta não é uma tarefa tão fácil.

A incontinência urinária, que é perda involuntária de urina, atinge 10 milhões de brasileiros de todas as idades, sendo duas vezes mais comum no sexo feminino, segundo a Sociedade Brasileira de Urologia.

É uma dificuldade que afeta todas as faixas etárias, mas acomete mais a população idosa. A prevalência é muito alta entre as pessoas com idade superior a 60 anos: acredita-se que de 30 a 60% tenham incontinência urinária. Além de ser um problema comum, é muitas vezes constrangedor.

Em alguns casos, a pessoa não consegue segurar a urina ao fazer esforços como tossir, espirrar ou em exercícios físicos; em outros, a vontade de urinar é tão súbita e forte que não dá tempo de chegar ao banheiro. Todas estas situações causam impacto na qualidade de vida dessas pessoas, comprometendo o bem-estar físico, emocional, psicológico e social, e pode levar à depressão e prejudicar suas relações sociais e familiares.

Em muitos casos a paciente esconde este problema de seus amigos e familiares e até de seu médico por vergonha ou por achar que é algo “normal da idade” e deixa de tratar adequadamente, o que piora sua qualidade de vida.

Diferentes doenças podem causar os sintomas. Algumas delas podem ser transitórias como infecções urinárias, efeitos colaterais de medicamentos, diabetes descompensada, mas outras causas podem ser duradouras ou permanentes, por isso, quando perceber que você ou alguém próximo tem apresentado sintoma de incontinência urinária, é importante informar ao médico.

Uma avaliação bem feita pode determinar a causa da incontinência e auxiliar no tratamento adequado. Os principais tipos de incontinência urinária são a bexiga hiperativa (que são contrações involuntárias do músculo da bexiga) e a incontinência urinária de esforço, seja por fraqueza dos músculos que sustentam a bexiga e a uretra ou fraqueza/lesão do músculo esfincteriano que envolve a uretra. Outros tipos incluem transbordamento, fístulas (por exemplo, comunicação da bexiga com a vagina) e defeitos no nascimento.

Dentre os principais fatores de risco, pode-se citar: múltiplas gestações, obesidade, esforços físicos intensos, lesão no esfíncter da uretra durante o parto normal ou fórcipe, menopausa, tabagismo, doenças de colágeno, doenças e lesões da medula, cirurgias da bexiga, de órgãos genitais femininos e outros órgãos pélvicos, doenças que afetam os nervos ou músculos (derrame cerebral, esclerose múltipla, poliomielite, distrofia muscular entre outros) e também pode estar associada a prolapso de órgão pélvicos (a famosa “bexiga caída”).

O que é importante saber é que a grande maioria das causas de incontinência urinária pode ser tratada com sucesso.

* Dra. Lilian Fiorelli é ginecologista, obstetra, e possui especializações em uroginecologia e sexualidade humana pela Universidade de São Paulo. Também é membro do Grupo Médico Assistencial do Assoalho Pélvico do Hospital Israelita Albert Einstein e do International Urogynecological Association.

Não pare de Aprender

ESPECIALIDADES VÍDEOS
Agende uma Consulta

Tire Suas Dúvidas

Contate-nos

Nas Redes Sociais

eBooks Gratuitos

infecção urinária recorrente
Por Lilian 19 jan., 2024
Descubra os sintomas, causas e tratamentos da infecção urinária recorrente e como enfrentar essa condição.
uroginecologista
Por Lilian 19 jan., 2024
Descubra quando buscar um uroginecologista, o especialista em saúde feminina e distúrbios do assoalho pélvico, e como ele pode melhorar sua qualidade de vida. Saiba mais.
fisioterapia pélvica
06 nov., 2023
A fisioterapia pélvica é uma ótima possibilidade de tratamento para quem sofre de endometriose. Confira nesse conteúdo o porquê vale a pena investir na técnica!
Share by: